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Bem vindo!Esta página está sendo criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.


ULISSES PASSARELLI




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Nótulas geográficas sobre São João del-Rei

São João del-Rei está situada na Mesorregião Campos das Vertentes, do centro-sul de Minas Gerais e polariza uma das três microrregiões dessa área: Microrregião de São João del-Rei. Em relação às quatro capitais do sudeste, dista aproximadamente 184 km de Belo Horizonte, 331 do Rio de Janeiro, 470 de São Paulo e 575 de Vitória. Sua posição geográfica é de 21º 08’ 07” de latitude sul e 44º 15’ 41” de longitude oeste. A população total do município, segundo o senso do IBGE, ano 2000, é de 86.258 habitantes, assim distribuídos: 

zona rural

DISTRITO
POPULAÇÃO (nº de habitantes)
São Miguel do Cajuru
1.114
Emboabas
1.129
Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno
2.586
São Gonçalo do Amarante
810
São Sebastião da Vitória
2.003
SUB-TOTAL:
7.642


zona urbana


BAIRRO
POPULAÇÃO (nº  de habitantes)
Bonfim
4.116
Centro
7.958
Colônia
7.002
Fábricas
9.139
Jardim Central
2.253
Matosinhos
18.671
Senhor dos Montes
6.335
Tijuco
14.881
Sem especificação
8.261
SUB-TOTAL:
78.616
         
Vista parcial de São João del-Rei tomada da "Estrada do Cascalho",
no final do Bairro Tijuco. Ao fundo, a Serra de São José. 10/11/2013. 
A população em 2010 era de 84.404 pessoas, das quais 79.790 na zona urbana e 4.614 na rural. Do total, 40.494 são do sexo masculino e 43.910 do feminino. Os domicílios somam 33.373. A densidade demográfica é de 57.67 hab/km2 [1] .

A estimativa de populacional segundo o site do IBGE para 2014 foi de 88.902 pessoas (acesso em 04/06/2015, 15:20 h).

A área do município é de 1.447 Km2. Além da sede, o restante da área está dividida em cinco distritos, que levam os nomes das vilas que os encabeçam: Emboabas, Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, São Gonçalo do Amarante, São Miguel do Cajuru e São Sebastião da Vitória, locais de muitas tradições.

Economicamente o que movimenta a cidade é o comércio e a prestação de serviços. O turismo tem sua contribuição, mas deseja-se que se torne mais forte. A indústria é pequena para a necessidade municipal, destacando-se a metalúrgica e têxtil. Predominam as micro-indústrias. É especialmente importante a produção de peças de estanho. A agro-pecuária com algumas exceções é de pequenas proporções e de efeito mais de subsistência ou de pequenas vendas. É polo microrregional de 4º nível. A exploração mineral que deu origem à cidade persiste, rendendo areia, caulim, argila, ouro, calcário, estanho, ocre.

Geologicamente predominam rochas do período pré-cambriano e nas áreas baixas - calhas fluviais (aluvião) - depósitos quaternários. A altitude municipal média está entre 900 e 1.100 metros, registrando-se extremos: 860m (estação ferroviária), 1.218 (Serra do Lenheiro), 1.283 (Serra dos Matolas) e 1.338 (Serra dos Olhos d’Água - ponto culminante do município).

A microrregião situa-se no Planalto do Sudeste, complexo da Mantiqueira. Destaca-se na microrregião a Serra das Vertentes, que tem rumo oeste, (Lagoa Dourada e Resende Costa), funcionando como divisor de águas do Rio Grande, São Francisco e Doce. De cada face sua, vertem águas para uma dessas bacias hidrográficas.

O clima é mesotérmico, Tropical de Altitude, variando as temperaturas médias entre 15,5º C (julho - mês mais frio) e 22,2º C (fevereiro - mês mais quente), atingindo porém picos. A média anual fica em 19,2º C. Na prática, temos verões chuvosos, com intervalos quentes entre os períodos de chuva (veranicos) e o inverno seco e frio (chegando a cair geada). Primavera e outono são relativamente nítidas e reconhecíveis pelo clima ameno intermediário. O índice pluviométrico anual é de 1.437 mm.

A vegetação já muito degradada misturava áreas de cerrado, campo de altitude (altimontanos) e rupestres, que são ainda usados para a pecuária extensiva; e mata tropical de encosta, quase extinta e outras vezes convertida em pequenas capoeiras, com o corte das árvores principais ou tendo mesmo aspecto secundário. Resistem raras matas de galeria (ciliares) ao longo dos rios. O cerrado foi em grande parte derrubado, convertido em lenha e mourão, desde a variedade típica até áreas restritas de cerradinho, cerradão e carrascal. Nas áreas baixas predomina a vegetação paludícola de várzeas e brejos.

A hidrografia tem como artéria principal o Rio das Mortes, que nascendo na Serra da Conceição (denominação local da Serra da Mantiqueira), a 1.200 metros de altitude, município de Santa Bárbara do Tugúrio, flui em sentido geral leste-oeste, indo desaguar na margem direita do Rio Grande, formador do Paraná, após o percurso total de 270km. Corta a microrregião de uma ponta a outra. Para ele convergem muitos outros rios menores, a saber: margem direita - Rio Carandaí, Rio Santo Antônio, Rio do Peixe, Rio Pirapitinga; margem esquerda - Rio Elvas e Rio das Mortes Pequeno. Além disto há muitos córregos, riachos, fios d’água. GUIMARÃES (1988) estudou magnificamente o assunto. Em São João del-Rei o destaque é para o Córrego do Lenheiro que atravessa a cidade de um extremo ao outro. O Lenheiro faz parte ativa de nossa história. Para ele convergem vários regatos. Outro destaque é o Ribeirão da Água Limpa que atravessa o Bairro de Matosinhos e capta as águas do Lenheiro.

Notas e Créditos


* Texto e foto: Ulisses Passarelli

[1] - Wikipedia, 18/04/2012.

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