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Bem vindo!Esta página está sendo criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.


ULISSES PASSARELLI




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Folia do Bananal, Tiradentes




Folia de Reis do povoado do Bananal, distrito do Elvas (Tiradentes / MG), dezembro/1991.
Folião e Embaixador: "Zico" (José Inácio do Nascimento - in memoriam). O distrito do Elvas tem uma tradição folieira muito forte. Vários de seus povoados tiveram seus grupos que conservavam entre si uma unidade ritual e grande semelhança musical. A bem da verdade a música era a mesma, só mudando algum floreado da sanfona e pequena variação de entonação, conforme a habilidade de cada músico ou solista de voz. Assim, construíam um certo padrão as folias do Bananal, do Elvas, do Banquinho, do Pinheirinho, do Morro Redondo, da Casa da Pedra e mais além, já fora do distrito mas sob sua influência em razão da mudança de antigos folieiros ou intercâmbio cultural, na Caixa d'Água da Esperança, em Barroso (folia do sr. Agostinho) e em São João del-Rei no Bairro Bom Pastor (folia do Didinho). A toada de todas era uma só. Da mesma forma, do lado geograficamente oposto, na vertente norte-nordeste da Serra de São José, o padrão de toada era outro, que assim como neste caso variava apenas algum arranjo ou velocidade de execução da música: folia das Águas Santas, folia de César de Pina, folia do Barreiro. Eram portanto duas zonas geográficas vizinhas com padrões musicais de folias diferentes externamente, mas digamos, idênticos internamente. Decerto, um estudo etno-musical poderia elucidar melhor esta mera observação. 

Notas e Crédito

* Texto, fotografia e acervo: Ulisses Passarelli

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