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Bem vindo!Esta página está sendo criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.


ULISSES PASSARELLI




domingo, 23 de novembro de 2014

Santa Cecília: música e fé se irmanam em São João del-Rei

Ontem, 22, em muitos lugares viu-se, ouviu-se, sentiu-se... os louvores que cá na Terra prestam os humanos com seus instrumentos à querida santa padroeira dos músicos: Santa Cecília. A vivência musical atinge em São João del-Rei uma dimensão sublime, pelo volume e pela qualidade de que se reveste. 

A cidade vivenciou agora em novembro uma semana de atividades musicais e na Catedral do Pilar instrumentos de sopro e arco, vozes e acordes, se harmonizam em homenagens a Santa Cecília. No Cajuru, distrito sob os auspícios do Arcanjo São Miguel, a banda de música local, sob o título desta santa querida, a homenageia numa festa singular, muito expressiva. 

No Rio das Mortes também é lembrada pela Lira do Oriente. E aqui na zona urbana, pelas sedes das corporações, é de praxe se ver uma imagem dela num oratório ou suporte, ou um quadro na parede, silencioso, mas ouvindo tudo, como se vivo fosse, porque viva é, tal e qual a fé dos músicos que a amam. 

Música e religião desde sempre se harmonizaram nesta terra e sobreviveram lado a lado em equilíbrio de ambiência, como num ecossistema, só que sócio-cultural. As corporações seguiram e ainda seguem a um calendário litúrgico de numerosas novenas e procissões. Os compositores deixaram sua marca para tais celebrações, com obras específicas para este ou aquele ato religioso. Dos corais emanam frases sacras. 

E assim persevera a musicalidade são-joanense, uma geração após outra, sensível e extraordinária, enfrentando seus dilemas, seus conflitos de sobrevivência, suas pelejas intrínsecas mas sem esquecer sua aliança com o sagrado, estabelecida desde os primórdios de nossa vila tricentenária. 

Música e fé se irmanam na tradição são-joanense. Uma cena do distrito de
Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, Terra de Nhá Chica. 

Notas e Créditos

* Texto: Ulisses Passarelli
** Foto: Iago C.S. Passarelli, 19/10/2014
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