Verde é verde,
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Eu queria estar agora
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Rosa é rosa;
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Aonde está seu pensamento,
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Seu rosto é bonito,
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Beijando sua boca,
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Sua boca é gostosa.
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E pagando meu sofrimento.
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Passei por cinco rosas,
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O papel brigou com a tinta,
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Todas cinco eu beijei,
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A tinta pediu perdão,
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Passei por vários rapazes,
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Aceito um beijinho,
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Só por você me apaixonei.
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Com todo amor no coração.
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Fui no livro do destino,
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Menino da boca doce,
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Minha sorte procurar,
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Lábio de porcelana,
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Em suas páginas encontrei,
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Um beijinho seu,
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Que nasci pra te amar.
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Me sustenta uma semana.
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Roubei um beijo,
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Dizem que amar é sorte,
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Custou uma bofetada,
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Sorte pra quem não tem;
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Roubei o segundo, o terceiro,
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Como eu não tenho,
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Já não custou nada.
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Não posso amar ninguém.
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Estou zangado contigo,
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Sonhei que o fogo gelava,
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Não quero mais te ver,
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Sonhei que a neve queimava,
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Os beijos que tenho comigo,
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Depois o mais impossível,
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Eu quero te devolver.
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Sonhei que você me amava.
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Assentei na beira d’água,
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A roseira dá a rosa,
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Para ver peixinho nadar,[1]
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Dá também o botão,
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Ai, meu Deus, que coisa ruim,
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Eu te dei o meu amor,
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Namorar pra não casar.
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Para ganhar seu coração.
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Lá do céu caiu um cravo,
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Meu amor me de um fora,
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De tão alto desfolhou,
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Pensando que eu choraria;
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Dentro dele estava escrito
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Eu não choro por pai nem mãe,
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O nome do meu amor.
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Não vou chorar por porcaria ...[2]
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Me chamaste de criança,
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A rosa para ser rosa
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Eu aceitei com muito ardor,
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Precisa de espinho,
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Pois mesmo sendo criança,
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O amor para ser amor
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Estou louquinha de amor.
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Precisa de carinho.
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Menina, quando eu morrer,
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Quer saber meu nome,
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Vai na cova me adorar,
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Vá à noite no jardim:
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Para ver o teu corpinho,
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Meu nome está escrito
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Faz o meu ressuscitar ...
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Numa folha de jasmim.
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O mundo não é dois mundo,
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O cravo também se muda
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O céu não tem duas cores,
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Do jardim para o deserto,
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Quem não tem um coração,
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De longe também se ama
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Não pode ter dois amores.
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Quem não se pode amar de perto.
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Amo a rosa branca
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Meu caro beija-flor,
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Que nasceu em teu jardim,
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Que mora na pedra oca,
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Amo tuia mãe querida
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Todo moreno bonito,
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Que criou você pra mim.
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Merece um beijo na boca.
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Sou uma jovem criança,
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Quem ama sofre calado,
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Que neste mundo apareço,
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Ocultando sua dor,
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Amar e não ser amada,
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Não há silêncio mais lindo
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Isto eu não mereço.
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Que o silêncio de amor.
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Amo uma linda menina,
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O teu sorriso é lindo,
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Que tanto me faz sofrer,
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Sói me traz felicidade,
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O meu maior desejo
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Por viver longe de ti,
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É nos braços dela viver.
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Vivo sempre com saudade.
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Brilham cinco estrelas no céu,
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Todo amor que morre,
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Brilham cinco rosas no jardim,
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Me deixa sem ar;
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Brilham mais os teus olhos,
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Todo amor que começa,
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Quando olham para mim.
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Me ensina a respirar.
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Deitada na cama
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Beijo na testa é respeito,
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Seu lindo nome escrevi,
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Beijo no rosto é carinho,
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Soletrando letra por letra,
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Beijo no queixo é vontade
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Sorrindo adormeci.
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De subir mais um pouquinho...
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Dos pássaros da mata
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Neste dia de festa
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O mais lindo é o beija-flor;
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Se quiseres ser feliz,
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Da casa da minha sogra
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Me dê um beijo na testa
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O mais lindo é meu amor.
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E outro abaixo do nariz.
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Desde que ti conheci,
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Na folha da bananeira
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Começou meu sofrimento,
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Seu nome vou escrever,
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O seu rosto encantado,
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Se eu não for feliz contigo,
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Não me sai do pensamento.
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Com outro não vou ser.
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A toalha cobre a mesa,
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Dizem que a felicidade
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O tapete cobre o chão,
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É visita inesperada
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Queria saber quem é
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Aparece de repente
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Que cobre seu coração.
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E vai sem dizer nada.
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Meu coração foi voando
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Eu fui à beira do mar
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Dentro do seu foi cair;
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Para ver se te esquecia,
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Lá dentro quebraram as asas
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Mas o barulho do mar
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Nunca mais pude sair.
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O teu nome repetia.
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De amigo para amiga,
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Rua da saudade
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Começou nossa amizade,
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Esquina do coração,
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Mas agora te confesso
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Esse é o endereço
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Que te amo de verdade.
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Onde encontra meu coração.
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O rei nasceu para o trono
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No mar navega o barco,
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O peixe nasceu para o mar,
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No barco navega os ventos,
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Eu nasci neste mundo
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As ondas dos teus cabelos
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Somente para te amar.
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Navegam em meu pensamento.
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Estava no jardim
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São João andou no mundo
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Quando tudo escureceu,
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Para todos batizar
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Num sonho de rosas,
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Eu nasci neste mundo
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Você apareceu.
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Somente para te amar.
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O pavão perdeu as penas
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O amor é como uma seta
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Os peixes perderam a escama
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Lançada em direção,
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Estou perdendo tempo
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Não tem alvo, nem meta,
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De amar quem não te ama.
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Não escolhe o coração.
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Eu queria ser um barco
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Dois corações unidos
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Para atravessar o oceano,
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Tem um viver delicado:
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E dizer bem baixinho
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Não pode o meu coração
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Ai, como eu te amo!
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Viver do seu separado!
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Tu és um cravo
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Saudade, palavra doce,
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Eu, um beija-flor;
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Que traduz tanto amargor;
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Hei de colher o mel
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Saudade é como se fosse
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Com um beijo de amor.
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Um espinho cheirando a flor.
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Tanta boca me beijou,
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O coração e os olhos
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Tanta boca já beijei;
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São dois companheiros leais;
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Mas os beijos mais gostosos
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Quando o coração sente dor,
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Foram aqueles que te dei.
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Logo os olhos dão sinais.
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As garotas afirmam
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Eu vi uma abelha
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E disso elas tem razão
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Pousando com muito amor,
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O beijo dado na boca
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Na sua boca vermelha
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Explode o coração.
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Pensando ser uma flor.
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Quando amares alguém,
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Não sou boa jardineira
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Saiba escolher:
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Nas terras do coração,
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Não entregue seu coração
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Sempre planto amor-perfeito,
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Ao primeiro que aparecer.
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Nasce sempre uma ilusão.
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Se eu fosse um passarinho,
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Não te dou meu coração
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Voaria para te ver;
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Porque não posso arrancar;
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Como não tenho asas
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Arrancando sei que morro,
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O jeito é te esquecer.
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E morrendo não posso te amar.
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Do jardim eu quero a rosa,
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Se meu coração partisse
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Da rosa, o botão;
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Te daria um pedacinho;
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Da carta eu quero a resposta,
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Mas como ele não parte
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E de você seu coração.
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Lhe dou inteirinho...
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Bem vindo!
Bem vindo!Esta página está sendo criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.
ULISSES PASSARELLI
Oi Ulisses,
ResponderExcluircomo vai?
Tô a procura do teu email no perfil que aparece no blog e não achei nenhuma referência ao teu contato. Gostaria de tirar umas dúvidas contigo a respeito de tradições populares em Ibitipoca. Seria possível me enviar um email para que pudéssemos ir conversando?
Lá vai:
anaeduarda@ymail.com (Ymail, assim mesmo)
Aguardo teu retorno.
Um abraço!