Desde a madrugada de ontem, quando os foguetes e os acordes da Banda Municipal Santa Cecília irromperam a alvorada festiva em São João del-Rei, o dia todo, um intenso ambiente devoto e festivo parte da colina das Mercês.
Do alto da bela igreja a palavra evangelizadora ecoa pela cidade invocando a Santa Mãe, rogando mercês, sublimando louvores, admoestando deslizes. A Orquestra Lira Sanjoanense com a notória marca de vida desde o remoto ano de 1776, se esmera na execução de partituras sacras de nossos compositores.
O povo vem, entende o convite do sino. Na
Mais Barroca Cidade de Minas, a noite de 24 de setembro, revela a solidez de uma expressão devocional, calcada em séculos de uma tradição, que não dá mostras de arrefecimento. Pelo contrário, desabrocha num vigor notável.
Os patronos São Pedro Nolasco e São Raimundo Nonato também saíram à rua em procissão à dianteira do andor da Santa Mãe. A Banda de Música Theodoro de Faria esteve esplêndida como de costume. Não poderia faltar, a execução da tradicional Marcha das Mercês, de Luiz Baptista Lopes.
O costume dos foguetórios em nossas festas religiosas atinge o ponto máximo nas Mercês, digno de ser chamado de espetáculo pirotécnico, pela seleção de cores, sons, tipos, posicionamento, sincronia e segurança, desenhando o céu com luzes.
Nas imagens abaixo podem ser apreciados alguns momentos, que deixam saudades aos devotos que assistiram e desejo de conhecer naqueles cuja presença não foi possível.
|
Igreja das Mercês no seu dia maior.
|
|
A Santa Mãe das Mercês. |
|
São Pedro Nolasco e Nossa Senhora das Mercês em seus andores. |
|
São João del-Rei, Terra Cristã. |
|
Devoção. |
|
Flagrante do espetáculo pirotécnico. |
|
Multidão de fiéis no largo. |
|
Tapete de rua: o brasão mercedário. |
* Texto: Ulisses Passarelli
** Fotos: Iago C.S. Passarelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário