A roseira dá a rosa,
|
No Dia dos Namorados
|
A rosa dá o botão;
|
Mandei-te um verso, meu bem,
|
Eu te dei o meu amor
|
Mas se pudesse mandaria
|
Pra ganhar seu coração.
|
O universo também.
|
Eu queria ser um barquinho,
|
Acabou-se o prazer,
|
Para atravessar o oceano
|
Foram desfeitos nossos laços.
|
E dizer-te bem baixinho,
|
E agora, como fico,
|
Ai! Como te amo!
|
Longe dos teus abraços?
|
Você disse que me ama,
|
Vai, cartinha amorosa, [1]
|
Amor não é assim;
|
Vai por este mundo sem fim,
|
Batendo papo com os outros,
|
Vai dizer aquela ingrata
|
Fazendo ciúme em mim ...
|
Que nunca esqueça de mim.
|
Com os olhos eu te vi,
|
Dizem que o beijo é venenoso,
|
Com meu sorriso eu te amei,
|
Que até pode matar.
|
Com uma lágrima te deixei,
|
Prefiro morrer envenenada
|
Mas nunca te esquecerei.
|
Do que ficar sem beijar.
|
O rei nasceu para o trono,
|
O alecrim pra ser cheiroso,
|
Os peixinhos para o m ar,
|
Tem que ser amassado,
|
As estrelas para o céu,
|
O beijo pra ser gostoso,
|
Eu para te amar.
|
Tem que ser demorado.
|
Tudo na vida acontece,
|
Eu vou colocar
|
Tudo na vida tem fim,
|
Seu retrato no chiqueiro
|
Só uma coisa te peço,
|
Pra quando tratar dos porcos
|
nunca se esqueça de mim.
|
Tratar de você primeiro...
|
Não jogue
|
Na janela do meu quarto
|
A casca da laranja fora,
|
Corre água sem chover,
|
Porque ainda tenho esperança
|
São as lágrimas dos meus olhos,
|
De chamar sua mãe de sogra.
|
Que rolam por não te ver.
|
A lua tá muito alta, [2]
|
O sol tá muito alto,
|
Tá perto de ver a Deus,
|
Já bateu na ferradura,
|
Esses seus olhos, menino,
|
Esse teu amor, menino,
|
Tá perto de ver os meus.
|
Tá me fazendo ternura.
|
Menino, esses teus olhos,[3]
|
Menino, esses teus olhos,
|
São dois navios brilhantes,
|
Pode mais que do que justiça,
|
De dia é duas tochas,
|
Os teus olhos me prendeu,
|
De noite, dois diamantes.
|
Domingo, depois da missa.
|
Bota fogo na fundanga[4],
|
Ajuntei com a saudade,
|
Tira esse mal de mim;
|
entrei junto num balão,
|
Numa fumaça que sobe
|
Suspiro por ser pequeno
|
Traz meu amor pra mim.
|
Arrematou meu coração.
|
Suspiro com a saudade
|
Suspiro com a saudade,[5]
|
Plantei junto num canteiro,
|
Foi lá em casa passear,
|
Suspiro facilitou,
|
Suspiro demorou,
|
Saudade nasceu primeiro.[6]
|
Saudade tá pra chegar.
|
O marmelo é boa fruta[7]
|
Comprei papel na loja,
|
Enquanto não apodrece,
|
Pintei com tinta de tesouro;
|
O amor é muito bom
|
Não há dinheiro que pague,
|
Enquanto não aborrece.
|
Duas horas de namoro.
|
Meu amor, não veste preto,
|
Subi na bananeira,
|
Preto é luto fechado.
|
Balancei pra lá, pra cá. [8]
|
Deixa o preto para mim,
|
Tive com meu bem nos braços
|
Que sou triste, apaixonado.
|
Mas não pude aproveitar.
|
Adeus, joazeiro verde,
|
Balança que pesa ouro, [9]
|
Aonde o sol é vertente;
|
Não pode pesar marfim,
|
Adeus, boquinha de cravo,
|
Se você namora outra,
|
Coração de muita gente ...
|
Seu amor não servirá pra mim.
|
Tenho fome, tenho sede,
|
Quando te olhei,
|
Não é de pão, não é de vinho,
|
Teu olhar me fascinou,
|
Tenho fome do teu abraço,
|
Logo me apaixonei,
|
E sede dos teus carinhos.
|
Quando você me beijou.
|
Breve foi,
|
Perto da minha janela,
|
Breve serei,
|
Tem um pé de amora,
|
Mas de você,
|
Tenho esperança de ainda
|
Nunca esquecerei.
|
Chamar sua mãe de sogra.
|
Dizem que o beijo
|
Lutei a vida inteira,
|
É um pecado horroroso,
|
Para ficar com meu bem,
|
Óh, meu Deus!
|
Mas depois fiquei sabendo,
|
Que pecado gostoso!
|
Que ele gostava de outro alguém.
|
A flor do mato cai,
|
Te amei no passado,
|
No frio e no calor,
|
Te amo no presente;
|
Eu também quero cair,
|
Se o futuro permitir,
|
Nos braços do teu amor.
|
Te amarei eternamente.
|
Não me dê flor amarela,
|
A cigarra quando canta
|
Que não estou desesperada,
|
É prenuncia de calor,
|
Me dê flor rosa,
|
Meu coração quando suspira
|
Que estou apaixonada. [10]
|
É falta de teu amor.
|
Quero te amar sinceramente,
|
A sete chave
|
Não pretendo te enganar,
|
Partia meu coração,
|
Só espero que não ponhas,
|
Mas um dia destravada,
|
Outra em meu lugar.
|
Deixei-a nas tuas mãos.
|
Não quero caneta,
|
Não quero mais amar,
|
Nem lápis de marfim;
|
Pois faz a gente sofrer.
|
Só quero saber mesmo,
|
Aquele que a gente ama
|
Se você gosta de mim.
|
Não sabe agradecer.
|
Só porque está resfriado
|
O coração é malvado,
|
Me recusa um beijinho,
|
Só faz aquilo que senti;
|
Vá, não seja malvado,
|
Só faz a gente gostar,
|
Me transmita um microbinho...
|
De quem não gosta da gente.
|
Entre as flores fui nascida,
|
Me dê a chave do seu coração,
|
Entre as folhas fui criada,
|
Quero abrir, quero entrar,
|
Numa noite iluminada,
|
Para ver se lá tem alguém,
|
Por seus lábios fui beijada.
|
Invadindo meu lugar...
|
Não quero falar contigo,
|
Na horta da minha sogra
|
Juro a todo momento;
|
Tem um pé de alecrim.
|
Mas quando chego perto de ti,
|
O alecrim nasceu pra ela,
|
Esqueço meu juramento.
|
O filho dela nasceu pra mim.
|
Eu queria ser um copo,
|
Palpei meu lado esquerdo
|
Um copo eu queria ser,
|
Não achei meu coração;
|
Para beijar sua boca,
|
De repente, me lembrei,
|
Quando água for beber.
|
Que estava em tuas mãos.
|
** Agradecimentos especiais pela inestimável ajuda na coleta a Cida Salles.
*** Veja também a primeira parte desta postagem: QUADRINHAS DE AMOR - parte 1
Nenhum comentário:
Postar um comentário