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Bem vindo!Esta página está sendo criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.


ULISSES PASSARELLI




domingo, 8 de novembro de 2015

Cidade das Pontes

São João del-Rei goza de características especiais perante as demais cidades da região, razão pela qual recebeu cognomes tais como São João dos Queijos (devido à alta produção de queijos excelentes), Terra da Música, Cidade onde os Sinos Falam, A Mais Barroca Cidade de Minas, etc. A urbe se desenvolveu num vale entre serras e as condições geográficas impuseram córregos ao seu centro, vertendo das encostas dos morros. As casas se formaram em ambas as margens que se fizeram interligar por meio de inúmeras pontes. 

Diante do fato supra, bem caberia outra alcunha, respeitosa, claro: "Cidade das Pontes".

No século XIX, o militar português Cunha Matos em seu estudo sobre Minas Gerais, relatou:

"Há poucas pontes de pedra lavrada e algumas de madeira são cobertas de telha. As pontes mais notáveis são: a do Rio Grande, perto da Vila de São João del-Rei; (...) As pontes de pedra da Vila de São João del-Rei são as melhores da Província." (p.44).

As pontes começam a surgir lá no pé do Lenheiro, no final do Tijuco, região que outrora era conhecida por Betume, por causa do barro preto untuoso ali abundante. É o atual Residencial Lenheiro. E vem se quantificando a jusante, algumas humildes como a que liga o Residencial Lenheiro e o Barro Preto, outras suntuosas como as de pedra; ou charmosa, afrancesada, como a do Teatro; de ferro como a da Biquinha, a dos Suspiros e a da Estação; velhas obras de alvenaria como a Benedito Valadares, inaugurada no centenário de elevação à cidade (1938), até hoje importantíssima no trânsito da cidade. Outras ficaram na lembrança, como a que havia possivelmente na Rua Direita (imediações do Museu de Arte Sacra) sobre o ínfimo Córrego da Muxinga, datada de 1745; a que aparece na citação de GAIO SOBRINHO (2010) de um recibo da Câmara Municipal de 1719 (recibo 168, pg.17): "Por quatorze oitavas de ouro que deu a Manoel Ferreira do conserto que fez na Ponte do Aterrado que vai para a Igreja Matriz por ordem de que se lhe passou mandado em 29 de dezembro de 1719" (p.35); ou na antiga "Rua da Misericórdia", sobre o Córrego do Segredo, a conhecida Ponte da Misericórdia, da qual sem qualquer misericórdia, foi feito drástico aterramento, substituída por sistema de galerias. A Ponte da Misericórdia era de pedra, como as da Cadeia e do Rosário, porém de um só arco. Foi construída em 1798 pelo Mestre-canteiro Aniceto de Sousa Lopes.

Mais que isto, além do fluxo mais central, do Lenheiro, mais pontes se multiplicam pelo Rio Acima, entremeio o Guarda-mor e a Vila Maria; "pras bandas" de Matosinhos, várias, ao longo do Ribeirão da Água Limpa, já abordadas em postagem intitulada "Pontes de Matosinhos"; e tantas, tantas outras pela zona rural, algumas ainda em estrutura de tabuado de madeira.

Não seria má ideia um estudo multidisciplinar de envergadura sobre essas pontes todas, mapeando-as e marcando-as por geo-referenciamento; estudo histórico, fotografias em ângulos variados, qualificação estilística, tecnicamente relato do estado de conservação que seria importante base de referência para a administração municipal planejar manutenção, e, quiçá, visionariamente, até as roteirizando como atrativo turístico: "Roteiro das Pontes"... Por que não?!

Doravante passo em rápidos tópicos algumas de nossas pontes, novas e antigas, com indicativo ao término de cada item, o nome do jornal de onde a notícia foi extraída. Em geral as notícias confluem para problemas de manutenção destas benfeitorias públicas. Não há qualquer outra intenção neste post além de juntar numa só cesta as frutas dispersas em muitos galhos. É apenas um amontoado de informação que poderá, talvez, um dia, contribuir para quem queira aprofundar no assunto.

1- Córrego do Lenheiro com vista parcial em sequência das pontes da Cadeia,
do Teatro e Benedito Valadares, em São João del-Rei. 

- Em 1877 foram feitos reparos na Ponte do Porto e a fonte jornalística clamava que outras pontes do município, sobre o mesmo rio, necessitavam de consertos urgentes. (Arauto de Minas, n.1, 08/03/1877) 

- A ata da sessão 38 da Câmara de Vereadores, de 12/03/1887, consta, segundo GAIO SOBRINHO (2010), a leitura de um "ofício assinado pelo Sr. Teófilo Reis e Joaquim Ramalhão declarando terem, com o auxílio de vários cidadãos, construído um pontilhão tosco de madeira em frente à Estação da Oeste e sobre o ribeirão que atravessa esta cidade a bem do interesse público e comercial"(p.140). Outra notícia da Ponte da Estação no século XIX é uma subscrição visando reconstruí-la, datada de dezembro do ano da abolição da escravatura (A Verdade Política, n.14, 21/12/1888). (*)

- Conserto da Ponte do São Caetano (Tijuco), com substituição de dois pés direitos e uma tesoura; diversos concertos na Ponte do Pedro Alves (sobre o Córrego das Águas Férreas, entre a Gameleira e as Águas Gerais, no Bairro Tijuco); substituição das guardas e de todo o assoalho da Ponte da Água Limpa (em Matosinhos), ao valor de 1: 854$710. (São João d’El-Rey, nº3, 22/02/1899)

- A Ponte da Estação, ou como também era dita, Ponte da EFOM foi construída sobre o Córrego do Lenheiro, com trilhos e estabelecida acima das máximas enchentes, permitindo franca passagem. Foi originalmente assoalhada com pranchões, até a largura de 2 metros e o comprimento de 35 metros. (S.João d’El-Rey, nº3, 22/02/1899)

- Resolução nº 148, de 22/04/1899, autoriza reparos na estrada da Colonia do Marçal entre a Ponte Pequena e o lote nº 147. (S.João d’El-Rey, nº17, 13/05/1899)

- Reconstrução da ponte sobre o Ribeirão Santo Antônio, na Fazenda do Ribeirão entre Lage e a Estação de Santa Rita na Oeste de Minas. A obra foi posta em hasta pública, orçada em 2:801$594. (O Combate, n.13, 26/09/1900)

- A imprensa denunciava que a Ponte do Carandaí estava caída a 3 ou 4 anos e já matara um colono italiano. O texto jornalístico noticia o abandono das pontes da cidade, que só seriam, vistas às vésperas eleitorais e "então ficará tudo como antes e como está a Ponte de Santa Rita, a de Mattosinhos e todas as outras publicas, bem como as ruas da cidade." (O Resistente, nº351, 1-3/11/1900) (**)

- Notícias indicam a reconstrução da ponte rural diante da Estação Ferroviária do Rio das Mortes (depois Estação João Pinheiro e finalmente, Congo Fino), ora no município de Conceição da Barra de Minas, mas a esse tempo pertencente a São João del-Rei (O Combate, n.90, 20/08/1901). Foi construída graças aos esforços do Vereador Tenente Euzébio de Resende. O construtor foi o Major Carneiro Felipe (O Combate, n.95, 31/08/1901) (***)

- Referência a um gasto de quinhentos mil réis como auxílio para a construção da Ponte do Carandaí, segundo registro numa ata de 28/09/1901. (O Combate, n.159, 19/03/1902)

- Inauguração da ponte sobre o Rio das Mortes no dia 28/10/1900 no distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno. Houve missa e bênção pelo Padre das Neves Parreira. Dentre os discursos, destacou-se o Dr. Leite de Castro, agente executivo municipal (equivalente ao atual prefeito), que entregou oficialmente a obra de forma simbólica ao sr. Olympio Moreira de Carvalho, presidente do conselho distrital. “A banda de musica do arraial que em alegres toques abrilhantou a festa _ tocou o hymno nacional, ouvido de pé, e todos de chapéo na mão.” (O Combate, n.21, 31/10/1900)

- Resolução nº318, da Câmara Municipal, de 25/02/1905, autoriza consertos nas pontes de Matosinhos e Porto, além de aterro no cemitério público (Quicumbi). (O Repórter, n.25, 02/07/1905).

- O problema da falta de cuidado com as pontes é antigo. O sarcástico jornal são-joanense, “The Smart”, assim manifestou com verve na edição nº8, em 1909: “Segundo as últimas observações astronômicas, calcula-se que os candelabros da ponte Roque Balbi serão inaugurados no anno de 3963, ao meio dia.” Já na sua décima edição, no mesmo ano de 1909 ironizava a situação de várias pontes: “Ponte da Estação _ Eu sou os escombros de Sicilia e Messina; aqueles postes são as pirâmides sobreviventes. Idem da Cadeia _ Eu sou o patíbulo: este candelabro é o signal da forca. Amen. Idem do Rosario _ Eu sou procurada só de noite e sirvo de capa ... Coro (em tom de terço) _ Nós todas somos um ninho de pulgas... Illuminae-nos... Evitae-nos...” (The Smart, n.8, 01/01/1909; The Smart, n.10, 17/01/1909)

- Lei municipal nº214, de 05/06/1909, autoriza mudança da ponte de frente da estação ferroviária para a Rua Cristóvão Colombo. (A Opinião, n.2, 14/07/1909). Existiu naquele local, interligando-a à Praça Pedro Paulo, uma passarela de ferro, que se alinhava à Rua Aureliano Pimentel. A mesma foi profundamente danificada pela grande enchente de 1982 e passou por reparos. Outras enxurradas também deixaram seus danos e vieram reparos até que foi interditada e mais tarde removida. Por uns tempos foi improvisada um "pinguela", assim chamada a passarela provisória em madeira. Depois foi também retirada e o local ficou um tempo sem estrutura de travessia. A ponte atual veio na década de 1990.

- Operários da Ferrovia Oeste de Minas socorrem a ponte de madeira que interligava a Rua Antônio Rocha ao trecho médio da Paulo Freitas. A fortíssima enchente de 1917, que causou grandes danos na cidade, também a atingiu; mas, no dia seguinte, os referidos operários já promoveram os reparos. (O Zuavo, n.99, 21/01/1917). Esta ponte não existe nos dias atuais. Ficava entre as atuais Ignácio Zózimo de Castro (Praça Raul Soares/Rua Antônio Rocha) e Padre Tortorielo (Praça Afonso Dalle/Avenida Leite de Castro/Rua Antônio Rocha).

- Em 1932 um hebdomadário exibia em suas páginas o seguinte apelo: “A ponte fronteira a estação está exigindo novo tablado, principalmente em alguns trechos, onde aquilo mais parece armadilha de onça. Sendo aquela uma passagem só de pedestres, transito obrigatório de muitas creanças era o caso do concerto não se fazer esperar, pois a falada e (trecho ilegível) da ponte da Rua Maria Tereza parece que vai demorar mais uns dias...” (Folha Nova, n.10, 08/05/1932)

- Acerca do mau estado de conservação da Ponte da Estação clamava-se para a necessidade de reforma urgente. (O Diário do Comércio, n.1276, 02/06/1942)

- A Ponte do Teatro foi alvejada por críticas de parte da imprensa em razão de reparos inconclusos aos quais foi submetida. (Diário do Comércio, n.2144, 03/05/1945)

- O tráfego de veículos sobre a Ponte do Teatro se dava de um por vez, devido à sua pequena largura. O fechamento dessa ponte ao tráfego de veículos automotores gerou muita polêmica (Tribuna Sanjoanense, n.189, 02/09/1977; O Sabiá, n.7, set./1977)

- Inaugurada em 1985 a Ponte Padre Tortoriello, durante a administração municipal do Dr.Cid Valério. Interliga a Rua Antônio Rocha (Centro) à Avenida Leite de Castro (Bairro das Fábricas), no lugar exato onde situava-se o pontilhão da via férrea da Estrada de Ferro Oeste de Minas da chamada "Linha do Sertão". Ficou conhecida por "Ponte do Zé Abrão".  (O Raio, n.399, 21/09/1985)

- Em abril de 1990 é inaugurada a Ponte Ignácio Zózimo de Castro, nome que homenageava um comerciante que tinha uma mercearia na Rua Paulo Freitas/Praça Raul Soares. Esta ponte substituiu outra que havia no mesmo lugar, menos robusta e que havia sido sucessivamente danificada por enchentes, sobretudos por trombas d'água da década anterior: o famoso e medonho temporal de 1982 causou-lhe profundos danos. Apesar dos reparos não foi mais a mesma... chegou a estar um tempo interditada ao tráfego. A gestão municipal que veio após a da inauguração, alargou a sua pista de rolamento.

- A calçada da Ponte da Cadeia é alargada através da remoção de uma faixa de pavimentação de paralelepípedos para extensão dos passeios em 40 cm de ambos os lados. Com isto ganhou-se segurança para os pedestres e as pista de rolamento tendo ficado mais estreita, impossibilitou o trânsito de veículos de grande porte, protegendo este patrimônio da cidade. Apesar da lei municipal nº2.487, de 1989 proibir o trânsito de veículos pesados no centro histórico, o desrespeito por parte dos motoristas e a fiscalização insuficiente  levaram a esta medida (Gazeta de São João del-Rei, n.263, 30/08/2003). Contudo, na Ponte do Rosário, a medida de alargamento das calçadas com o mesmo intuito só viria uma década depois, em julho de 2013.

- Servidores da Secretaria de Obras trabalharam para fazer reparos na cabeceira da Ponte da Rodoviária, que cedeu em 17/01/2005. A fotografia estampada na fonte jornalística mostra os trabalhadores batendo estacas, mas as obras previam também aplicação de concreto armado, aterro, "abertura de passagens de água e reforma nos passeios." (Gazeta de São João del-Rei, n.334, 22/01/2005)

- Um homem que passou mal caiu de uma ponte na entrada do Bairro Tijuco, ao tentar escorar numa das suas muretas, já que a mesma estava quebrada (ausente em parte) e veio a falecer. A reportagem revelou o estado crítico de algumas pontes da cidade. O fato se deu na Ponte Chafy Moyses Hallak. (Gazeta de São João del-Rei, n.560, 23/05/2009) (****)

- Depois de longo processo judicial, guardas de balaustre de cimento da Ponte Sírio-libanês foram trocadas por guardas de canos de ferro em janeiro e fevereiro de 2010, mais adequadas ao entorno de bem tombado que é o patrimônio da EFOM. A ponte foi inaugurada em 1996, estabelecida diante da estação ferroviária e ficou conhecida por "Ponte de Mão Inglesa", por ser a única da cidade com mão de direção invertida (Folha das Vertentes, 144, fev./2010)

- A Ponte do Athletic, entre a Praça Pedro Paulo e Rua General Aristides Prado teve o tráfego interrompido por vários dias em razão do afundamento de parte da cabeceira em janeiro de 2014. Foi devolvida à normalidade em 07/02/2014.


2- Queda da ponte de madeira sobre o Córrego do Limpa-goela, na Colônia do José Teodoro,
que dá acesso à centenária Capela do Sagrado Coração de Jesus, após as fortes chuvas de fevereiro de 2004.
3- Ponte diante da praça, na intercessão das avenidas Nossa Senhora do Pilar
e Andrade Reis, aparente durante o afundamento da galeria após temporais, em fevereiro de 2004. Discussões

sobre o fato indicam, contudo, que a verdadeira Ponte da Misericórdia está aterrada imediatamente a jusante,
no cruzamento das vias. Esta seria uma ponte interna  do Colégio Nossa Senhora das Dores, que o interligaria ao
seu então anexo próximo à Igreja de São Gonçalo. A área era fechada mas foi aberta com a construção da Avenida
Nossa Senhora do Pilar, na área do Segredo (Centro). 

Referências Hemerográficas

Coleção de jornais antigos de São João del-Rei da Biblioteca Pública Municipal Baptista Caetano d'Almeida.

Referências Bibliográficas

CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. 2.ed. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1982. 2v.

GAIO SOBRINHO, Antônio. São João del-Rei através de documentos. São João del-Rei: UFSJ, 2010. 260p.

MATOS, Raimundo José da Cunha. Corografia Histórica da Província de Minas Gerais (1837). Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1981. v.2, 337p. p.44. 

Notas e Créditos

* Devido a um temporal ruíram 50 metros do cais em construção, abaixo da Ponte da Estação, com a chuva noturna de 13 de dezembro de 1907 (A Opinião, n.47, 14/12/1907).
** A Ponte Vitório Tarôco sobre o Rio Carandaí, na Colônia do Giarola, liga este bairro às colônias do Felizardo e Recondengo (ainda em São João del-Rei) e ao povoado do Barreiro (Cel. Xavier Chaves), sitos do outro lado do mesmo rio. A que atualmente se encontra instalada foi inaugurada em abril de 1995, pelo Prefeito Nivaldo Andrade, em substituição à anterior, que era de madeira e estava muito precária. Na verdade muito antiga. A Ponte de Santa Rita citada no texto jornalístico é a ponte sobre o Rio das Mortes no povoado de Ibitutinga, no acesso ao então distrito de Santa Rita do Rio Abaixo, hoje município de Ritápolis. Situa-se ao longo da Rodovia Federal BR-494.
*** Para saber mais sobre a construção desta ponte leia também a postagem RETALHOS PARA A COLCHA DA HISTÓRIA. 
**** A Ponte Chafy Moyses Hallak é uma das três que leva popularmente o cognome de "Ponte da Biquinha". Ela se situa sobre o Rio Acima (nos tempos coloniais conhecido como Córrego das Barreiras) e acessa a Praça da Biquinha à Avenida Eduardo Magalhães. A outra, é uma pequena ponte de ferro rebitado, piso cimentado, tendo uma cruz de ferro trabalhado, suspensa em cada cabeceira, sendo que a do lado do Tijuco se encontra desaparecida. Situa-se entre a Praça e a Rua Rossino Baccarini; e, finalmente a terceira, está imediatamente à montante desta e tem o nome oficial de Ponte Braz Camarano Primo, datada de 1994, obra criticada por causa de sua altura mínima. Contudo, informações dão conta de uma ponte inaugurada em 1968 com o nome de "Padre José de Anchieta", durante a administração Milton Viegas, que interligou a Rua Padre José Maria Xavier à Praça Fausto Mourão. Seria esta uma ponte anterior à Chafy Moyses Hallak ou apenas seu nome anterior? Ou seria a pequena passarela de ferro sita a montante no Rio Acima? O assunto exige pesquisa nos arquivos municipais e velhos jornais são-joanenses.
***** Texto, pesquisa, acervo e fotografias 2 e 3: Ulisses Passarelli
****** Fotografia 1: Iago C.S. Passarelli, 24/09/2014. 

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