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Bem vindo!Esta página foi criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas, tampouco acadêmicas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.


ULISSES PASSARELLI




terça-feira, 30 de setembro de 2025

Como vai nossa primeira devoção?

 

O dominador europeu após singrar os mares e aportar nesta Terra de Santa Cruz, ávido por riquezas a explorar, valeu-se de inúmeros subterfúgios para colocar sob seu comando os povos originários e os africanos trazidos para o regime da escravidão. Aliada ao poder governamental, a religião foi um atalho para este processo e a cruz a trilha inicial.

 

Sendo símbolo maior do cristianismo, foi diante dela que se celebrou em solo baiano, a primeira missa deste país, celebrada por Frei Henrique Soares (de Coimbra), em 26/04/1500, em Porto Seguro. Os catequizadores usaram a cruz para doutrinarem os indígenas, como adotaram o rosário para com os africanos, dentre outros símbolos e objetos sagrados.

 

O invasor usou o canto e a dança no processo de catequese, ambos tão queridos das três etnias mais numerosas de nossa formação humana. Surgiram danças e folguedos religiosos cumprindo esta função. Atualmente, a Roda de São Benedito, a Dança de São Gonçalo, as Folias e muitos Congados (no sentido mais genérico) são exemplos e heranças deste sistema, com modelos também noutros países da América Latina, destacando-se a Dança de Santa Cruz nas terras paulistas, estudadas por ARAÚJO (1964) e PELLEGRINI FILHO (1985).

 

Três de maio foi estabelecido como o Dia da Santa Cruz, dito Invenção da Santa Cruz, relembrando a descoberta da cruz na qual Cristo foi pregado, feita por Santa Helena, no século IV. Também a 14 de setembro é festejada _ Exaltação da Santa Cruz _ data, contudo, mais eclesiástica que popular.

 

Esta festa rareou. Uns dizem que o fato se deve à mudança da data oficial, de maio para setembro, quebrando a tradicionalidade, pois os devotos se habituaram à festa no outono. Esta mudança decerto prejudicou o festejo, que, porém, não deve ser culpada isoladamente, haja vista as mudanças sociais vigorosas, incluindo o forte êxodo rural, por ser festa, sobretudo, dos meios não urbanos, ligada ao calendário agrícola. Vale frisar que não é festa exclusivamente rurícola, pois ocorre também nas cidades. Mas é nas roças que atinge maior expressão e originalidade, coincidindo, mormente, com a zona de cultura caipira.

 

Em São João del-Rei foram especialmente afamadas  de Santa Cruz no Senhor dos Montes, durante muitos anos, informou CINTRA (1982). Também na ladeira do Pau d’Angá [1]no centro da cidade, diante do grande cruzeiro fincado na colina pedregosa, animados festejos durante anos saudaram a cruz, juntando devotos a rezar o terço e a cantar benditos. Atualmente esta rua é chamada Carvalho Resende, velhíssimo caminho, desde o século XVIII para a mina de ouro do Barro Vermelho, hoje conhecida por Cel. Tamarindo. CINTRA (1988) cita verso de 1892 dando ar misterioso ao lugar:

 

“Jesus, que casa assombrada!

Coitado de quem for lá...

Junto à subida chamada

- Ladeira do Pau d’Angá!”

 

Na festa de 1918, segundo a mesma fonte, o Monsenhor Gustavo Ernesto Coelho, após pregação, dirigiu a cerimônia de adoração à cruz. Num ambiente enfeitado e iluminado, com uma corporação musical tocando num coreto. Bem próximo, na esquina com Rua Padre Faustino, o Cruzeiro Velho ainda é cuidadosamente adornado, em especial no tempo da Santa Cruz. Ambos são visitados pela Encomendação das Almas pela quaresma.

 

No Bairro São Dimas, o popular Lava-pés, diz-se que o cruzeiro que ladeia a Capela do Rosário (bem mais recente que ela), foi fincado para espantar dois sacis-pererê que atentavam o lugar, assoviando de uma parte e respondendo de outra. Após colocar-se o símbolo sagrado o assombro cessou. Faziam rezas de Santa Cruz por lá.

 

Nas Águas Férreas, Bairro Tijuco, festejou-se o santo madeiro próximo à ponte, num cruzeiro que ali havia. Embora retirado deste lugar, os encomendadores de almas, como herança tradicional, ainda param ali para rogar rezas em sufrágio daqueles que Deus já chamou.

 

Na Festa de Santa Cruz usava-se pendurar numa trave diversas sinetas. As crianças brincavam batendo nelas com varas. Seu som metálico _ contam _ anunciava à vizinhança a reza noturna, após a qual se confraternizavam. O som de campainhas e sinetas é ritual, marcando momentos importantes da cerimônia e afastando maus espíritos. Uso universal.

 

Cantavam o tradicional Bendito da Santa Cruz, do qual segue um fragmento:


“Bendito, louvado seja,

Nos céus a divina luz,

E nós também cá na terra

Louvemos a Santa Cruz!

 

Jesus, quando morreu,

Deixou o mundo sem luz,

Para remir os pecadores

Que morreu na Santa Cruz.”

 

Em meados da década de 1990 uma moradora promoveu a reza de Santa Cruz publicamente nas Águas Férreas, por promessa, diante de uma grande cruz portátil, enfeitada de papel picotado. Distribuiu cruzinhas adornadas aos moradores mais vizinhos.

 

Noutro ponto do Bairro Tijuco, no também já inexistente Cruzeiro do Betume, SOUZA [s.d.] descreveu uma lenda da mula-sem-cabeça. O monumento ficou registrado na mesma obra, em desenho de Armando Pacheco.

 

Na Gruta do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora do Rosário (confluência da Rua Antônio Rocha com a Rua Antônio Josino Andrade Reis), no Centro, no ano 2000, onde também existe um cruzeiro, foi rezado um terço em honra à Santa Cruz no dia 03 de maio, com participação da comunidade local.


Algumas partes da zona urbana ainda fazem rezas simples à Santa Cruz a 03 de maio ou em dias próximos a este, sem pompa ou aparato, com um público modesto, porém fiel. Enfeitam ainda o Cruzeiro do Morro da Forca (no Bairro do Bonfim), o do Senhor dos Montes e o do Pau d’Angá.

 

Na área rural ressalva-se as rezas e cantos no arraial do Fé, município de São João del-Rei, junto ao Cruzeiro das Missões, no alto de um campo:


“Bendito és, louvado seja,

Nos céus a divina luz

Por nós também cá na Terra

Louvemos a Santa Cruz.

 

Naquele Monte Tabor

O verde brilhava à luz;

Depois do raio saiu

O enfeito da Santa Cruz.

 

Então o Filho de Deus,

Por ver o mundo sem luz

Nos deixou a sua graça

No santo lenho da cruz.

 

Ela é todo o nosso bem

Sua glória nos conduz

Quando for o penhor da Terra

Louvemos a Santa Cruz.

 

Essa pia redenção

Amparo, meu Bom Jesus,

Para remir os pecadores

Que morreu na Santa Cruz.

 

Bendito és, louvado seja,

Para sempre a Santa Cruz!

Bendita seja sem fim,

Para sempre, amém, Jesus!”

 

Notar a riqueza de fundamentos bíblicos e figurações religiosas neste bendito. Acendem velas junto do Cruzeiro das Missões e o enfeitam com flores. Rezam o terço e pedem perdão pelos pecados [2]

 

“Perdão, meu Jesus,

Perdão, Deus de Amor.

Perdão, Deus Clemente

Perdoai-me, Senhor!

 

Perdão, Deus Clemente,

Perdoai-me, Senhor!

Eis-me aos vossos pés,

Grande pecador...

 

Por meus enormes crimes,

Perdoai-me, Senhor!”

 

Sendo a reza para pedir chuva _ fato de ampla difusão no país _ molham o cruzeiro com água no madeiro e carregam pedras pesadas por penitência, postas junto à cruz:

 

“Senhor Deus, misericórdia!

Misericórdia, Senhor!

Nos dê chuva que nos molha;

Nos dê o pão que nos consola!

Nós somos pecadores

Morremos na fome ...” [3]

 

Destaca-se também neste município a devoção a Santa Cruz no distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, tanto na vila que leva este nome quanto nos povoados do Largo da Cruz e Trabanda. Enfeitam o cruzeiro com flores, bambus, ramos, fitas, bandeirolas ao redor e do seu topo ao chão, papel picotado, corrente de papel. Após a parte religiosa pode haver pequena e simples festa de Largo com música regada a comes-e-bebes.


De modo especial, no Largo da Cruz, o mês de maio inteiro, todas as noites a comunidade se reúne para rezar no cruzeiro adornado, único monumento religioso local. Era um cruzeiro de madeira, enfeitado a cada 03 de maio. Mais tarde, por seu mau estado de conservação foi substituído por um de alvenaria, enfeitado a 1º de maio. Cantam o tradicional Bendito de Santa Cruz.

 

Em dois outros distritos deste município ainda mantém rezas e enfeites nos cruzeiros: São Gonçalo do Amarante (ex-Caburu) e São Sebastião da Vitória. Vale por fim relatar uma prática muito expressiva usada neste dia. É a troca dos enfeites das cruzes de fachada, que o ano inteiro marcam e abençoam a frente (entrada) das casas, fixadas geralmente ao portal ou sobre ele e à sua lateral ou, ainda, ao caixilho da janela.

 

Tem em torno de 30 cm de comprimento, feitas em madeira. É de praxe enfeitá-las com papel-crepon picotado em alças ou repiques simples, podendo ter flores complementando, naturais ou artificiais, de papel ou plástico. Outros complementos são fitas de papel, pendentes dos extremos.

 

Muito usadas na zona rural, diz-se que outrora não havia casa da roça que não a ostentasse na humilde fachada. Se a frequência já não é mais a mesma, contudo, ainda não se pode taxá-las de raras e quem passar pelas estradas vicinais, pouco depois do terceiro dia de maio as verá com enfeites novos. São encontradas também na área urbana, sobretudo nos subúrbios, mas em proporção consideravelmente menor. Além de São João del-Rei vários municípios vizinhos mantém este costume.

 

É corrente a lenda que narra que, na noite de Santa Cruz, Nossa Senhora em espírito passa pelas ruas vendo quais as casas enfeitaram de novo a cruz de seu bento Filho. Ali ela derrama a sua benção e proteção. Onde não adornaram e ainda mais, naquelas que tem a cruzinha na fachada, Ela passa direto, sem voltar a sua bondade para aquele lar.

 

Tal lenda é um incentivo piedoso à manutenção do costume, possível reinterpretação popular do Livro do Êxodo, cap.12, vers.7 que comenta sobre a instituição da páscoa judaica, quando disse Deus a Moisés e a Aarão que deveria ser ofertado um cordeiro, do qual “tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerão”.

 

As humildes festas de Santa Cruz, acíclicas, praticamente preparatórias às juninas, estão hoje em São João del-Rei bastantes apagadas, resistindo porém nas áreas rurais mais conservadoras.


Cruzeiro do Atalho, Distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno
(São João del-Rei/MG). Data: 03/05/2019. 

Alvorada diante do cruzeiro. Festa do Rosário na Gruta do Divino. 
São João del-Rei, Centro. Data: outubro/1999. 

Cruz de Fachada, afixada em uma porta de entrada de residência. 
Caieira, São João del-Rei. Data: 03/05/2011. 


Referências

 

ARAÚJO, Alceu Maynard. Folclore Nacional. 2.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1964.


CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. 2.ed. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1982. v.1, 326p., p.91-2.


CINTRA, Sebastião de Oliveira. Nomenclatura de Ruas de São João del-Rei. Separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, n.6, 1998. 24p.


PELLEGRINI FILHO, Américo. Folclore Paulista: calendário e documentário. 2.ed. São Paulo: Cortez/Sec. Cultura, 1985. 240p.


SOUZA, Lincoln de. Contam que... lendas da histórica e tradicional cidade mineira de São João del-Rei. São João del-Rei: A Colegial, [s.d.]. 87p.il. p.31-3.

 

Créditos

 

- Texto e fotografias: Ulisses Passarelli.

 

Notas

 

- Publicação original adaptada para esta postagem extraída de:

PASSARELLI, Ulisses. Como vai nossa primeira devoção? Tradição. Informativo da Subcomissão Vertentes de Folclore. São João del-Rei, n.8, maio/2000.


- Obs.: as fotografias desta postagem não faziam parte da publicação original.


- Agradecimentos especiais aos principais informantes: Antônio Geraldo dos Reis (Águas Férreas), Mario Calçavara e Catarina Calçavara (Fé), Luís Santana (São Dimas), Delfina Ribeiro (Largo da Cruz), Elvira Andrade de Salles (Santa Cruz de Minas), Júlia Maria de Lacerda e Geraldo Elói de Lacerda (Águas Férreas). 

 

- Revisão: 30/09/2025. 



[1] - Ingazeira (Inga edulis), ingá, angá. Árvore mimosácea de valor medicinal cuja casca em decocção é utilizada como curativo de feridas antigas e para diarreias em clisteres. Fonte: BALBACH, Alfons. A flora nacional na medicina doméstica. São Paulo: Edificação do Lar, [s.d.]. p.909.

[2] Canto muito divulgado com diversas variações de texto e música, na mesma linhagem. 

[3] Canto também divulgado. Uma variante de Santa Cruz de Minas/MG diz no último verso: “não nos deixa morrer na fome!”


quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Queima do Judas no Caburu em 2025

A Queima do Judas já foi tratada com maiores detalhes em outras postagens deste blog. Observa-se em toda Mesorregião Campo das Vertentes que arrefeceu acentuadamente. Poucos lugares ainda a conservam; cenário de declínio, intensificado desde o início do século XXI. No próprio distrito em tela, incluso no município de São João del-Rei/MG, onde é muito tradicional, foi realizada anualmente até o ano de 1999, a partir do qual se descontinuou. Somente em 2014 (ver links no final desta postagem) foi reativada, depois de muito incentivo, totalmente às custas da comunidade local e sob o seu formato tradicional. Mas foi uma iniciativa isolada e nos anos subsequentes a manifestação cultural não aconteceu. Mais uma vez houve uma reativação, em 2025, quando no Sábado da Aleluia houve a Queima do Judas e o Boi Malhado saiu no largo, conforme mostram as fotografias desta postagem. 

A versão de 2025, em linhas gerais, seguiu ao mesmo formato daquela de 2014: 

- organização estritamente comunitária, sob a gestão de algumas lideranças do lugar, que se prontificaram livremente a assumir os desafios dos preparativos; 

- o boneco Judas de estrutura artesanal, recheado de bombas e palha de bananeira para enchimento, vestido de roupa velha, cabeça moldada em papel-machê (nitidamente mais aprimorada que a de 2014, graças a um artista local); 

- boneco pendente em uma árvore de embaúba, conforme reza a tradição, afixada a propósito ao centro do largo; 

- brincadeiras para as crianças, à guisa de gincana: corrida do saco, pau de sebo mirim e pegada de balas; 

- outro pau de sebo, bem mais alto, para os adultos; 

- presença do Boi-malhado (versão local do Rancho do Boi) vindo da Travessa Cava Funda para o largo, ao som de pandeiro, caixas e acordeon, pivô de muitas brincadeiras com as crianças, de avanços e recuos, simulacros de ataques marcados por rodopios e corridas; 

- leitura do Testamento do Judas, produzido sob anonimato, obedecendo a um formato fixo, de rimas simples, distribuindo a herança do Judas, coisas que ele deixa para as pessoas do lugar, sempre com muita verve e ironia, não raro em sentido chulo; 

- explosão do boneco, a partir da queima do pavio, concluindo-se com foguetório. 

Em relação a 2014, não houve em 2025 o artefato pirotécnico chamado "avião" ou "aviãozinho", que consiste em um longo arame (que parte do coreto até o boneco) e serve de guia que conduz pendente um mecanismo que imita de maneira simplista a forma de uma aeronave, e contendo um pavio, quando aceso, corre pelo fio de arame e ateia fogo no Judas. Por outro lado, as brincadeiras com as crianças foram muito mais aprimoradas, o que se mostra uma medida importante pelo efeito lúdico e de aprendizado, estimulando o senso de pertencimento. A leitura do testamento teve também o adicional cômico do personagem vestido de terno completo, pasta de documentos à mão, imitando um tabelião de cartório, que despertou risos na assistência. 

Segundo informações orais de populares  que participavam da manifestação cultural, no passado o boi era muito mais agressivo e o que hoje é um ataque simulado, era de fato uma corrida de pega, valendo chifrada e cabeçada, que mandavam ao chão a criança ou jovem que abusava no desafio e provocação. Contaram que houve época de ser um boi bastante grande, que era movido por dois dançantes ao mesmo tempo. Mas as narrativas confluem para afirmar que tanta animação passado tinha por combustível a cachaça... Inclusive, certa vez, os dois colegas metidos debaixo do boi, encontrando-se muito embriagados, caíram com o boi dentro de um valo, sob a zoada dos circunstantes! E não dando conta de retirá-lo, saíram do valo com muita dificuldade, deixando o boi lá dentro. E naquele ano acabou a brincadeira. Hoje, entretanto, a realidade é outra: o boi dança com mais tranquilidade, sem derrubar ninguém e sem a bebedeira dos dançantes, o que preserva a brincadeira de forma sadia e sem riscos.  

1- O boneco Judas enforcado na árvore de embaúba.

2- Programação da festividade afixada na porta de um bar local, 
como forma de divulgação e convite aos moradores.


3- Crianças correm para pegar balas e confeitos, lançados em pegada.
 
4- Tentativas de subir o pau de sebo e ficar com o prêmio. 

5- Crianças aguardam a largada da corrida do saco.
 

6- Detalhe do Boi Malhado.
 
7- Largo em festa. 

8- Boi Malhado, os tocadores e o Judas na árvore.


9- Um representação bem humorada de um "Tabelião do Cartório",
que vem ler o Testamento do Judas.


10- Leitura do Testamento do Judas, do alto do coreto. 


11- Momento da explosão do Judas. 

12- Fogos de artifício em comemoração ao bom êxito da festividade. 


Créditos

- Texto e fotografias 2, 4, 7 e 10: Ulisses Passarelli.
- Demais fotografias: Betânia Nascimento Resende.  

Notas

- Sobre este mesmo festejo em sua edição anterior, de 2014, ver: