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Tradições Populares das Vertentes
Bem vindo!
Bem vindo!Esta página foi criada para retransmitir as muitas informações que ao longo de anos de pesquisas coletei nesta Mesorregião Campo da Vertentes, do centro-sul mineiro, sobretudo na Microrregião de São João del-Rei, minha terra natal, um polo cultural. A cultura popular será o guia deste blog, que não tem finalidades político-partidárias nem lucrativas, tampouco acadêmicas. Eventualmente temas da história, ecologia e ferrovias serão abordados. Espero que seu conteúdo possa ser útil como documentário das tradições a quantos queiram beber desta fonte e sirva de homenagem e reconhecimento aos nossos mestres do saber, que com grande esforço conservam seus grupos folclóricos, parte significativa de nosso patrimônio imaterial. No rodapé da página inseri link's muito importantes cuja leitura recomendo como essencial: a SALVAGUARDA DO FOLCLORE (da Unesco) e a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO (da Comissão Nacional de Folclore). Este dois documentos são relevantes orientadores da folclorística. O material de textos, fotos e áudio-visuais que compõe este blog pertencem ao meu acervo, salvo indicação contrária. Ao utilizá-lo para pesquisas, favor respeitar as fontes autorais.
ULISSES PASSARELLI
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sexta-feira, 6 de junho de 2025
Ceres... Que estátua é esta?
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segunda-feira, 19 de maio de 2025
São Sebastião da Vitória: breve compilação de informações e notícias
Panorama
Histórico
O distrito de São Sebastião da Vitória situa-se
na área sudoeste do município de São João del-Rei, cerca de 22 km da sede
municipal, via rodovia federal BR-265. É uma área de morros altos, que formam
um platô ou chapada, onde se assentou seu povoamento, em uma área de vegetação
aberta (cerrados). Suas informações históricas são esparsas e fragmentadas,
dificultando a montagem de um resumo, o que demanda mais pesquisas.
O movimento sertanista trouxe os
bandeirantes “paulistas” para o atual território de Minas Gerais à busca de
preciosidades minerais e a fim da preação indígena, num intenso processo
escravista. De início o caminho que atravessava o atual sul mineiro ia até
Ibituruna e de lá à região do Porto Real da Passagem, na travessia do Rio das
Mortes, para então tomar o rumo nordeste (Caminho Geral do Sertão).
Praticamente na virada dos séculos XVII para XVIII, um atalho foi aberto até Carrancas
e daí ao Rio Grande, em um ponto de travessia que aproximadamente corresponde
hoje às comunidades de Capela do Saco e Caquende, rumando em direção aos marcos
geográficos da Serra do Lenheiro e Serra de São José. Não muito longe da
travessia do Rio Grande, há uma localidade que foi batizada Tijuca ou Tijuco,
nome que se refere aos atoleiros, lamaçais. A partir daí o caminho do tal
atalho passava na área do atual distrito de São Sebastião da Vitória (SÃO JOÃO
DEL-REI, 2022).
Não se sabe precisamente quando o
povoado primitivo foi formado. Talvez desde tal época; mas falta documentação
comprobatória. O roteiro traçado em 1732 por Francisco Tavares de Brito mostra
o povoado da Tijuca, mas não mostra São Sebastião da Vitória (SÃO JOÃO DEL-REI,
2023). Falta em verdade documentação antiga sobre tal distrito, pelo que sua
vida no século XVIII, caso já existisse é desconhecida. De acordo com uma
tradição oral, no decorrer da Guerra dos Emboabas (1707-1709), aconteceu uma
batalha na qual os emboabas derrotaram os paulistas. A região elevada onde tal
fato teria acontecido foi demarcada com pequenas bandeiras, donde surgiu um
povoado ainda hoje chamado Bandeirinhas, sito no atual território distrital de
São Sebastião da Vitória, cerca de 6 km do distrito. O episódio inspirou o surgimento
do topônimo Vitória (SACRAMENTO, 2000; SÃO JOÃO DEL-REI, 2013).
Apenas no final do XIX é que se tem
notícia concreta do povoado de Vitória. Foi na década de 1880 que a incipiente
comunidade resolveu erigir uma capela sob o orago de São Sebastião, obtendo
para isto a devida licença junto à Arquidiocese de Mariana[1].
José Antônio de Ávila Sacramento em
fundamental estudo histórico e social deste distrito, escreveu:
“Em
São Sebastião da Vitória, dentre todas as outras fazendas, destacava-se a
antiga Fazenda da Vitória, pertencente a Francisco Ribeiro da Silva, vulgo
“Chico Nenê”, porque se acredita que foi dentro dela que começou o arraial. O
filho mais velho de Francisco e Possidônia, Eugênio Ribeiro da Silva, vulgo
“Papageno”, pode ser considerado o “fundador” do atual distrito de São
Sebastião da Vitória, que começou a florescer ao redor de sua residência, nas
terras recebidas de herança paterna. Nos primórdios, segundo relato de Sebastião
Alexandrino de Ávila, o arraial era simples, com poucos fogos e almas. Havia a
rua principal, comprida, atravessando o povoado. Outras duas ruas, menores,
denominavam-se “Rua de Baixo” e “Rua do Pito Aceso”, além de uma ruela, o “Beco
do Sr. Messias”. A “Rua do Pito Aceso” era assim conhecida porque nela moravam
alguns negros idosos, oriundos da Fazenda do Rincão e da Fazenda Vitória (de
“Chico Nenê”). Aqueles negros se reuniam à tarde-noite, na porta de seus
casebres de pau-a-pique, contavam casos de assombração, trançavam laços e
cordas em couro e fumavam seus abrasados cachimbos de barro e cigarros de
palha, daí o nome de pito aceso! Durante a noite era costume organizarem-se
danças nos terreiros, aos sons de cordas e percussão” (SACRAMENTO, 2023).
O primitivo povoado foi elevado a
distrito em 1900, de início chamado apenas de Vitória (Victoria, segundo grafia da época); somente mais tarde foi
acrescida a expressão devocional, recebendo o nome que hoje ostenta – São
Sebastião da Vitória, a partir de1953. Em sua área territorial este distrito
contém além da comunidade que o encabeça, os seguintes povoados: Caquende,
Engenho de Serra, Cruzeiro da Barra, Bandeirinhas, Tijuco (de Baixo e de Cima),
Januário, Valo Novo, Baía e parte da comunidade do Córrego do Pescador.
São Sebastião da Vitória teve um
desenvolvimento profundamente ligado à economia agropecuária, de forte cunho
rural (PASSARELLI, 2015-A e B). Com marcante presença de fazendas e sítios, este aspecto ruralista pode ser em parte avaliado nesta nota:
“Dos
pastos da Victoria, municipio de S. João d’El-Rey desappareceram há dias uma
besta côr de pinhão, regulando sete palmos de altura, marchadeira, e com
pequena esfoladura sobre o lombo direito – muito manteúda e fina de corpo. Quem
della der noticias em S. João d‟El-Rey, ao sr. Luiz d’Angelo & Irmãos ou
aos srs. Grippi &Irmãos será gratificado” (O
RESISTENTE, 1901) .
De forma mais notável, foi a
tradição dos produtos lácteos que afamou São Sebastião da Vitória. Apesar de
ter vastas áreas com amplos plantios em seu território mais sulino, o
agronegócio, apesar de importante em sua economia, não deu ao distrito a fama
que os laticínios trouxeram. É um forte produtor de queijos e manteiga de
elevada qualidade, de produção solidificada há mais de um século, como evidenciou
esta nota jornalística: “Mais uma fábrica de manteiga abre-se, por estes
dias, na Victoria, de propriedade do sr. Antonio Baptista do Nascimento
Junior.” (O REPÓRTER, 1905-A). Mais um exemplo: “simplesmente
esplendida, uma das melhores que vem ao mercado desta cidade, é a manteiga
“Victoria”, da fábrica do sr. Carlos Alberto Alves, estabelecido no arraial de
São Sebastião da Victoria, deste município.” A nota prossegue
ressaltando o asseio da fabricação e recomendando seu consumo (O REPÓRTER,
1905-C).
Para além do leite, manteiga
e queijos, o distrito se destaca pela produção de pães de queijo, dos mais
afamados da região, a ponto de já terem gerado o evento “Festival do Pão de Queijo”.
A memória distrital passa
também pela figura humana do Padre Antônio Domingos Batista Lopes, mais
conhecido apenas por Padre Lopes, que tinha elevado espírito de liderança junto
à comunidade. No aspecto religioso ganhou renome sacerdotal pela eloquência dos
sermões e virtudes que cultivava, a ponto de muita gente de outras localidades
e mesmo outros municípios levarem seus filhos recém-nascidos para serem
batizados por ele; ou seja, mesmo que fora de sua paróquia, por acreditarem que
sua bênção vinha munida de muita força espiritual. Já na área social ele foi
reconhecido e ainda é lembrado por ter trazido para os moradores muitas
melhorias, ações e atividades, que a rigor deveriam ser feitas pela prefeitura.
Mas na ausência ou deficiência do poder público contavam com sua iniciativa.
Isto o fez muito popular e respeitado na comunidade. Também foi o responsável
pela ereção da nova igreja matriz.
A travessia do distrito pela
rodovia federal, ao longo dos anos, contribuiu muito para reconfigurar seu
aspecto, tanto na modernização das edificações quanto na economia do setor
terciário, com surgimento de comércio de peças automotivas, mecânicas
automotivas, restaurantes e bares para servir a caminhoneiros e outros
viajantes. Assim o distrito cresceu bastante, para além da tradição dos
laticínios. Nem sempre este crescimento se viu acompanhado de assistência
adequada pelo poder público municipal. Assim, em 2006, por exemplo, se no
segundo semestre construíram uma quadra poliesportiva (PASSARELLI, 2007), mais
ou menos na mesma época foi divulgada
uma denúncia de poluição por efluentes de esgoto no Córrego Tapera, fruto do
transbordamento de uma fossa séptica coletiva, por falta de manutenção
(FOLHA DAS VERTENTES, 2006).
No campo da cultura popular
a manifestação mais marcante é a da folia de Reis, ou melhor dizendo, a folia
de São Sebastião, com pelo menos um século de existência, mas que atualmente
enfrenta muitas dificuldades para sobreviver. Ainda nos anos noventa, o
encontro com a folia que vinha do povoado do Tijuco reunia muitos fieis e
amantes da cantoria folieira diante da igreja para assisti-las no dia do
padroeiro. Mas ora a folia antes com muitos participantes, sofre com
dificuldades de arregimentar tocadores. Há mais tempo, nos anos 60 e 70 havia
também o grupo de pastorinhas e o de encomendação das almas, há muito
desativados.
A música de bandas é marcante e ainda
muito ativa no distrito.
Resumo
cronológico
-
28/04/1880: o Padre José Bonifácio dos Santos solicitou ao Bispo de Mariana,
Dom Antônio Maria Correia de Sá Benevides, autorização para construir uma
capela no povoado, que já tinha o nome de Vitória (SACRAMENTO, 2000; SÃO JOÃO
DEL-REI, 2013);
-
04/10/1884: inauguração da primeira Capela de São Sebastião, em Vitória
(SACRAMENTO, 2000; SÃO JOÃO DEL-REI, 2013), cuja comissão responsável pela
construção era composta por: Antônio Francisco da Silva, José Procópio de
Carvalho, João Pedro de Ávila, Francisco Severo, Olímpio Moreira de Carvalho e
Pedro Minas Camargo (SÃO JOÃO DEL-REI, 2013);
- 15/01/1900: Lei municipal nº70 criou o distrito de
Vitória (BARBOSA, 1971; BARBOSA, 1930);
- 1901: a Câmara Municipal reconheceu os poderes das autoridades
eletivas representantes do recém-criado distrito da Vitória. Nessa circunstância tomou
posse e prestou juramento o vereador especial, Capitão Manoel de Sousa Guerra
Junior (O COMBATE, 1901-A);
- 1901: nomeação para Vitória
do Sr. Salathiel Ribeiro de Paiva para o cargo de subdelegado e confirmação de
seus suplentes: Primeiro
Suplente – Isidoro Ribeiro de Carvalho; Segundo Suplente – José Bueno da Silva;
Terceiro Suplente – João Baptista de Carvalho (O COMBATE, 1901-B);
- 1902:
aconteceu uma festa religiosa dedicada a São Benedito, promovida pela esposa do
Major José Procópio, por uma promessa feita pelo restabelecimento de um filho (O
COMBATE, 1902);
- 1905: a lei municipal nº133, de 24/08/1905, autorizou a criação
e manutenção de uma escola pública em Vitória até que o Estado construísse a
sua própria. A escola seria dedicada aos alunos do sexo masculino e o nome do
professor contratado seria submetido à aprovação da Câmara. A despesa total autorizada
foi de um conto de réis (O REPÓRTER, 1905-B);
-1909:
criação de uma escola mista sob a administração do Estado, sendo a primeira
professora Ernestina Pacheco de Barros (SACRAMENTO, 2000);
-
1910: inauguração de um posto dos
Correios em Vitória (A OPINIÃO, 1910);
- 19/01/1913: inauguração do sistema de
abastecimento de água em Vitória (CINTRA, 1982);
-
07/08/1921: criação da associação religiosa Damas do Sagrado Coração de Jesus, pelo
Padre Francisco Goulart, vigário de São Miguel do Cajuru; posteriormente
convertida em Apostolado da Oração (SACRAMENTO, 2000);
-
25/03/1925: a capela de Vitória, até então filial da Matriz de São Miguel
Arcanjo, do distrito de São Miguel do Cajuru, ganhou sua independência
administrativa eclesiástica, por meio de decreto canônico, sob autoridade do
Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, que a elevou a paróquia, sendo
seu primeiro pároco o então vigário do distrito de Conceição da Barra, Cônego
João Batista da Trindade (SACRAMENTO, 2000; NASCIMENTO, 2011) [2].
-
1933: a partir de doação de terreno do Sr. Olímpio Moreira, foi construído um
prédio para estabelecimento de ensino, “Escola Estadual Nascimento Teixeira”[3]
(SACRAMENTO, 2000);
- 18/04/1952: Padre Antônio Domingos Batista
Lopes toma posse da paróquia, trabalhando por longos anos de forma marcante.
Tomou a frente, sempre com apoio dos fiéis para trazer diversos melhoramentos
para o distrito, como por exemplo, a primeira iluminação elétrica, graças a
gerador a diesel instalado na Casa Paroquial, no ano seguinte à sua chegada; melhoria
do abastecimento de água, por carneiro hidráulico e posteriormente bomba a
diesel, só substituída pelo definitivo em 1977, pelo Prefeito Octávio de
Almeida Neves (SACRAMENTO, 2000);
-
1953: criação da associação religiosa Filhas de Maria (SACRAMENTO, 2000);
- 12/12/1953: a Lei Estadual nº 1.039 criou o
distrito de São Sebastião da Vitória (FJP, 2017);
-
19/03/1963: início da construção da nova matriz, sob a direção do Padre Antônio
Lopes (SACRAMENTO, 2000). Outras fontes apontam datas anteriores para o início
da dita obra: 1962 (NASCIMENTO, 2011) e 1961 (SILVEIRA, 2025);
-
19/01/1964: bênção inaugural da nova matriz com translado solene da imagem do
padroeiro, São Sebastião, da igreja antiga para a nova. Já neste ano acontece a
primeira comemoração oficial da Semana Santa, com as novas imagens adquiridas
pelo pároco (SACRAMENTO, 2000). A igreja antiga foi então consagrada à devoção
a Nossa Senhora das Vitórias (SÃO JOÃO DEL-REI, 2013);
- 19/06/1969: inauguração da balsa interligando
Capela do Saco (Carrancas) e Caquende (São João del-Rei). O Bispo Dom Delfim
Ribeiro Guedes celebrou uma missa sobre a balsa. A seguir discursaram os
prefeitos de ambos os municípios, concluindo-se com churrasco de
confraternização (A COMUNIDADE, 1969);
-
1965: criação da Irmandade do Santíssimo Sacramento (SACRAMENTO, 2000);
-
1976: estabelecimento de uma delegacia (SACRAMENTO, 2000);
-
1978: início do serviço de telefonia (SACRAMENTO, 2000);
- 2006: construção de uma quadra poliesportiva pela
Prefeitura Municipal (PASSARELLI, 2007);
- 2006: a 20 de janeiro é fundada a Corporação
Musical Aquiles Rios, que dá continuidade à tradição musical do distrito e cujo
nome homenageia o músico, regente e fundador de bandas, Sr. Aquiles da Silva
Rios (1919 – 1995). A Corporação tem sido muito ativa desde então, tanto no
ensino quanto na produção musical. É formalmente reconhecida como integrante do
Patrimônio Cultural do município (SÃO JOÃO DEL-REI, 2024), sendo um bem inventariado
(SÃO JOÃO DEL-REI, 2022);
- 2006: Lei nº 4.058, de 06 de setembro, considera
de utilidade pública, o Conselho Central São Sebastião da Vitória (ATOS
OFICIAIS, 2006);
- 2006: Lei nº 4.063, de 04 de outubro, considera de
utilidade pública, a Corporação Musical Aquiles Rios e Banda Lira São Sebastião
(ATOS OFICIAIS, 2006);
- 2022: a quase centenária manifestação cultural do
distrito, Folia de Reis “Embaixada de São Sebastião” (fundada em 1924), é
acautelada na condição de Patrimônio Cultural Imaterial, sob o estado de
Registro Provisório (CMPPC, 2022);
- 2023: é aprovado pelo Conselho Municipal de
Preservação do Patrimônio Cultural, a 13 de dezembro, o Inventário de
Patrimônio Cultural do grupo “Pilão de Nhá”, do povoado do Caquende,
caracterizado pela manutenção de tradições coreográficas, ritualísticas, dança
e cantos rurais, típicos dos lavradores tradicionais (SÃO JOÃO DEL-REI, 2023).
Através deste procedimento tal grupo cultural passou a ser reconhecido
formalmente como integrante do Patrimônio Cultural do município (SÃO JOÃO
DEL-REI, 2024).
Anexo
Lista parcial de leis municipais relativas ao
Distrito de São Sebastião da Vitória (SÃO JOÃO DEL-REI, 2025):
1) Lei
Ordinária nº 2711 de 16/08/1991 - Autoriza o Executivo Municipal a permuta de
terrenos localiza dos no distrito de São Sebastião da Vitória;
2) Lei
Ordinária nº 3023 de 21/03/1993 - Que considera de Utilidade Pública a
Corporação Musical São Sebastião do Distrito de São Sebastião da Vitória;
3) Lei
Ordinária nº 3024 de 21/03/1994 - Dispõe sobre a Municipalização do Cemitério
Paroquial de São Sebastião da Vitória;
4) Lei
Ordinária nº 3504 de 10/03/2000 - Denominação de Via Pública-Praça Senhor Bom
Jesus-São Sebastião da Vitória;
5) Lei
Ordinária nº 3584 de 26/12/2000 - Autoriza doação de imóvel-Escola Estadual
Nascimento Teixeira-São Sebastião da Vitória;
6) Lei
Ordinária nº 3987 de 25/10/2005 - Utilidade Pública a Associação dos Moradores
e Artesãos do Distrito de São Sebastião da Vitória;
7) Lei
Ordinária nº 4037 de 19/05/2006 - Utilidade Pública - Associação de Deficientes
de São Sebastião da Vitória;
8) Lei
Ordinária nº 4058 de 06/09/2006 - Utilidade Pública - Conselho Central São
Sebastião da Vitória;
9) Lei
Ordinária nº 4653 de 08/09/2011 - Autoriza pagamento subvenção Conselho Municipal
Comunitário São Sebastião Vitória – CONDECOMVIT;
10) Lei
Ordinária nº 4864 de 22/01/2013 - Autoriza concessão Conselho São Sebastião da
Vitória;
11) Lei
Ordinária nº 4882 de 24/04/2013 - Dá nova redação ao art. 1º da Lei Municipal
nº 4.521- Associação Comunitária dos Moradores do Januário e Distrito de São
Sebastião da Vitória;
12) Lei
Ordinária nº 4995 de 20/12/2013 - Autoriza Concessão de Subvenção Social para o
Conselho de Desenvolvimento Comunitário de São Sebastião da Vitória;
13) Lei
Ordinária nº 5074 de 15/10/2014 - Subvenção Assosciação Comunitária Januário e
São Sebastião da Vitória;
14) Lei
Ordinária nº 5112 de 19/12/2014 - Concede Subvenção Social para o Conselho de
Desenvolvimento Comunitário de São Sebastião da Vitória;
15) Lei
Ordinária nº 5112 de 19/12/2014 - Concede Subvenção Social para o Conselho de
Desenvolvimento Comunitário de São Sebastião da Vitória;
16) Lei
Ordinária nº 5181 de 06/10/2015 - Utilidade Pública-Associação dos Moradores e
Amigos de São Sebastião da Vitória-AMA-VITÓRIA;
17) Lei
Ordinária nº 5226 de 29/04/2016 - Concede subvenção social para a Associação de
Moradores e Amigos de São Sebastião da Vitória-AMA Vitória;
18) Lei
Ordinária nº 5234 de 04/05/2016 - Considera de utilidade pública - Ass. Esporte
Clube S.S Vitória;
19) Lei
Ordinária nº 5394 de 13/12/2017 - Denominação de Via Pública-Rua São
Sebastião-São Sebastião da Vitória.
Referências
A OPINIÃO. Jornal, n.102, 16/07/1910, São João del-Rei.
A COMUNIDADE. Jornal, n.12, 15/07/1969, São
João del-Rei.
ATOS OFICIAIS. Jornal, n.7, nov.2006, São
João del-Rei.
BARBOSA, José Victor. S. João d’El-Rey atravez
suas ephemerides. São João del-Rei:Casa Assis, 1930. 47 p.il.
BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionário
Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Saterb, 1971.
CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São
João del-Rei. 2v. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1982.
CMPPC. Ata Extraordinária, s/nº. São João
del-Rei: Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, 30 novembro
2022.
FJP. Relação de 1727 Distritos de Minas Gerais, sendo 853 Distritos Sedes Municipais Junho de 2017. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 2017. Disponível em: https://web.archive.org/web/20170810193449/http://www.fjp.mg.gov.br/index.php/docman/diteg/707-relacao-de-distritos-de-minas-gerais-junho-de-2017/file Acesso em 19 maio 2025.
FOLHA DAS VERTENTES. Jornal, n.62, set./2006,
São João del-Rei.
NASCIMENTO, Sílvio Firmo do, Padre. Paróquia de
São Sebastião da Vitória. Diocese de São João del-Rei, 26 dez. 2011.
Disponível em: https://diocesedesaojoaodelrei.com.br/paroquia-de-sao-sebastiao-sao-sebastiao-da-vitoria/ Acesso em 19 maio 2025.
O COMBATE. Jornal, n.92, 21/08/1901 - A, São João
del-Rei.
O COMBATE. Jornal, n.101, 14/09/1901 - B, São João
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O COMBATE. Jornal, n.166, 16/04/1902, São João del-Rei.
O REPÓRTER. Jornal, n.12, 09/04/1905 - A, São João
del-Rei.
O REPÓRTER. Jornal, n.36, 24/09/1905 - B, São João
del-Rei.
O REPÓRTER. Jornal, n.46,
10/12/1905 - C, São João del-Rei.
O RESISTENTE. Jornal,
n.412, 15-17/08/1901, São João del-Rei.
PASSARELLI, Ulisses. Pequena Cronologia Distrital. Revista do Instituto Histórico e Geográfico. São João
del-Rei, v.12, 2007.
PASSARELLI,
Ulisses (A). Velhas Notícias Distritais
– parte 1. Tradições Populares das
Vertentes, 09 jan. 2015.
Disponível em: https://folclorevertentes.blogspot.com/2015/01/velhas-noticias-distritais.html
Acesso em: 16 maio 2025.
PASSARELLI,
Ulisses (B). Velhas Notícias Distritais
– parte 2. Tradições Populares das
Vertentes, 23 abr. 2015.
Disponível em: https://folclorevertentes.blogspot.com/2015/04/velhas-noticias-distritais-parte-2.html
Acesso em: 16 maio 2025.
SACRAMENTO,
José Antônio de Ávila. São Sebastião da
Vitória. Tribuna Sanjoanense, n.1.044, 31 out. 2000. São João del-Rei.
SACRAMENTO,
José Antônio de Ávila. Algumas elucubrações
sobre o distrito de São Sebastião da Vitória, sobre a falta de documentos,
sobre a memória oral e a necessidade de “falarmos do nosso quintal”. Pátria
Mineira, maio/2023. Disponível em: https://patriamineira.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Distrito-de-Sao-Sebastiao-da-Vitoria.pdf Acesso em: 19 maio 2025.
SÃO
JOÃO DEL-REI. Corporação
Musical Aquiles Rios e Banda Lira São Sebastião: Inventário de
Patrimônio Cultural. São João del-Rei: Conselho Municipal de Preservação do
Patrimônio Cultural; Secretaria Municipal de Cultura e Turismo / Prefeitura
Municipal, 2022.
SÃO
JOÃO DEL-REI. Grupo
Cultural Pilão de Nhá: Inventário de Patrimônio Cultural. São
João del-Rei: Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural;
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo / Prefeitura Municipal, 2023.
SÃO
JOÃO DEL-REI. Decreto
nº
11.558. Diário Oficial Eletrônico, ed. 1.138, ano 6, 18
dez. 2024. São
João del-Rei: Prefeitura Municipal, 16 dezembro 2024. Disponível em: https://www.saojoaodelrei.mg.gov.br/Obter_Arquivo_Cadastro_Generico.php?INT_ARQ=177687&LG_ADM=undefined Acesso em 19 maio 2025
SÃO
JOÃO DEL-REI. Leis. São
João del-Rei: Câmara Municipal, 2025. Disponível em: http://www.camarasaojoaodelrei.mg.gov.br/?Meio=Busca (palavra-chave: “Vitória”) Acesso em 19 maio 2025.
SILVEIRA, Lucas. Em clima de festa, Paróquia de São Sebastião da Vitória completa 100 anos de criação. Diocese de São João del-Rei (site), 20 mar. 2025. Disponível em: https://diocesedesaojoaodelrei.com.br/em-clima-de-festa-paroquia-de-sao-sebastiao-da-vitoria-completa-100-anos-de-criacao/ Acesso em 19 maio 2025.
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Imagem de São Sebastião, na Igreja Matriz de São Sebastião da Vitória, 22/07/2014. |
Créditos
- Texto e fotografia: Ulisses Passarelli.
Notas
- Acervo hemerográfico consultado: Biblioteca Municipal Baptista Caetano d'Almeida, São João del-Rei.
[1]- A Diocese de São João del-Rei
somente seria criada em 1960. Ver: https://diocesedesaojoaodelrei.com.br/historico-da-diocese/
[2] - Segundo NASCIMENTO (2011), os padres que serviram à
Paróquia foram os seguintes: Cônego João Batista da
Trindade, Padre Pedro Onclin, Padre Miguel Afonso de Andrade, Padre Antônio
Domingos Batista Lopes, Padre José Roberto Vale Silva, Padre Fábio Rômulo Reis,
Padre Sílvio Firmo do Nascimento e Padre Rogério Antônio Zanolla. Ora a
paróquia é atendida pelo Padre Admilson Heitor de Paiva. Sobre o centenário de
instalação da paróquia, ver: https://diocesedesaojoaodelrei.com.br/em-clima-de-festa-paroquia-de-sao-sebastiao-da-vitoria-completa-100-anos-de-criacao/
[3] - Referência ao Prefeito José do Nascimento Teixeira, que à época inaugurou o prédio.
sexta-feira, 9 de maio de 2025
Bom Jesus, Pai de Clemência!
O excelso padroeiro do Bairro Matosinhos, a cada 14 de setembro, é novamente festejado por uma multidão de fieis em São João del-Rei, no dia maior de seu grande jubileu. Após a preparação habitual da novena e todas as celebrações ao longo destes últimos dias, culminou a festividade com a concorridíssima procissão, esperado momento que trouxe a veneranda imagem [1] às ruas do bairro, sob os acordes da Banda Sinfônica do Santuário de Matosinhos.
Vista parcial da imagem do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. |
Momento da missa: apesar de grande, a igreja lotada não comporta os fieis que ouvem a celebração do adro do santuário. |
Aspecto do altar-mor enfeitado de flores. |
Exemplar de ex-voto pintado, exposto à visitação pública. Acervo do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, São João del-Rei. |
Na saída da procissão pelo portão central do adro, o povo se aglomera e uma chuva de papel picado cai sobre o andor. |
Pálio guarnecido por lanternas carregada por membros de irmandades religiosas. |
Detalhe da custódia contendo uma relíquia. |
Enquanto o Santuário se esvazia a rua lota: em demonstração pública da fé a multidão acompanha em prece a grande imagem do padroeiro. |
Aspecto da principal artéria do bairro (Avenida Josué de Queiroz) tomada de fiéis durante a passagem da procissão. |
- Texto: Ulisses Passarelli.
- Fotografias: Iago C.S. Passarelli, 14/09/2016.
- Para saber mais a respeito desta devoção, acesse neste blog a seguinte postagem abaixo lincada:
DEVOÇÃO AO SENHOR BOM JESUS DE MATOSINHOS