O ritual de coroação do novo Imperador do Divino transcorria de formas diferentes a cada ano, algumas vezes conforme idéias novas do escolhido. Em 2011 o então presidente da Comissão do Divino, Nelson Domingos de Abreu solicitou-me formatar o ritual e disto lhe entreguei o esboço abaixo, que prevê local exato para assento, entrada solene, ato de descoroação, coroação e aclamação. Foi-lhe dada total liberdade de descartar esta sugestão ou de adaptá-la como melhor conviesse. Com pequenas adaptações de ordem prática foi seguido desde então. Segue-se abaixo, conforme o original.
1- Toda a orientação do ritual compete a um Mestre de Cerimônias, trajado de terno, ciente de cada detalhe e momento, sem interferência de outras pessoas e independente do Locutor Sacro, embora suas ações estejam sincronizadas.
2- Todos os imperadores se trajarão de terno completo (ex e atuais) e deverão ter um comportamento irrepreensível, mantendo a compostura, respeito e silêncio no santuário.
3- Para a celebração os ex-imperadores entrarão em fila dupla, antecedendo os atuais.
4- Seguem os atuais, cercados pela Guarda de Honra.
5- Os imperadores atuais (coroado e eleito) tem assento junto ao altar, no lugar de costume, tendo à sua frente uma mesinha forrada de toalha e sobre ela será posta a salva. Também deve haver dois genuflexórios.
6- Ex-imperadores tem assento na primeira fila, no eixo principal da nave central, à direita de quem entra (lado contrário da orquestra).
7- Após os imperadores atuais se sentarem os ex-imperadores se sentarão também, seguidos da Guarda de Honra que assentará junto aos ex-imperadores.
8- No momento da Consagração o Imperador Coroado tira a coroa da cabeça e a põe sobre a salva. Ele e o Imperador Eleito ajoelham-se no genuflexório. Após a Consagração se levantam e permanecem de pé e então recoloca a coroa sobre a cabeça.
9- Na Ação de Graças o Imperador Eleito e o Coroado irão para a entrada principal do santuário. Os ex-imperadores formarão fila dupla diante do altar.
10- A entrada dos imperadores se dará em duas etapas:
- primeiro: entra o Imperador Coroado, passa pelo abre-alas dos ex-imperadores e sobe ao altar. Cumprimenta o celebrante. Ele mesmo retira a coroa e a põe sobre a salva, que estará com o Mestre de Cerimônia. A seguir entrega-lhe o cetro, que será atravessado na coroa. O Mestre de Cerimônia põe as insígnias sobre a mesinha e volta para ajudá-lo a retirada da capa e por fim da faixa, pendendo-as no genuflexório.
- A seguir entra o Imperador Eleito e vai até o altar. O Mestre de Cerimônia põe-lhe a faixa e a seguir a capa. O novo Imperador ajoelha no genuflexório enquanto o celebrante asperge água benta sobre as insígnias e a seguir o coroa. Ao levantar-se recebe o cetro. A salva permanece sobre a mesinha. É cumprimentado pelo Padre e Mestre de Cerimônia.
11- Nesse momento todos os ex-imperadores voltam aos seus lugares e o novo imperador é apresentado à aclamação dos fiéis.
* * *
É de praxe ao término da bênção do padre todos os imperadores de anos anteriores virem saudar o novo, recém-coroado, bem como, familiares, parentes, amigos e até curiosos. É um momento especial, de grande fraternidade. Abaixo algumas fotos que revelam o Mestre de Cerimônias pondo-lhe a capa, o Bispo Diocesano coroando e um imperador de ano anterior saudando-lhe com um abraço.
* Texto: Ulisses Passarelli
** Fotos: Iago C.S.Passarelli, 20/05/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário