Acorda povo! Vem rezar... É o Divino que dá juízo. Os caixeiros vem chegando para a alvorada e tocam seu ritmo típico, acelerado: "vão s'imbora, Vitalina! Vão s'imbora, Vitalina!"
O mastro é como um para-raio que puxa para a terra as energias do alto, a força iluminada do santo que está estampado em sua bandeira, posta lá no topo. Telúrico, verticalizado, liga o céu à terra, carreando as preces. Saudá-lo logo na alvorada é uma praxe respeitosa que garante o bom andamento do festejo.
E quando dá 6 horas em ponto, limite entre o dia e a noite, momento sagrado que a luz do sol espanca as trevas, "hora aberta", em Matosinhos o Pentecostes explode em fé, colorido, ritmos ...
Os sinos dobram, o homem expande seu devocionário, irmana sua crença, comunga sua fé. O júbilo toma conta. Em Matosinhos, o jubileu é mais ritmado... O brilho prateado da coroa imperial reluz para os súditos desse império que vendo esta festa sentem a renovação das esperanças, que só podem vir pela graça divina.
* Animações: Iago C.S. Passarelli, 2012 (imagens extraídas do vídeo JUBILEU PERPÉTUO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO - 2001, imagens e edição Antônio Rocha, São João del-Rei/MG)
Ulisses, belíssimo texto. Emoção, fé e crença, narrativas e descritivas. Dom do Espírito Santo. Louvado seja, salve! Grande abraço. Emilio.
ResponderExcluirOs dons do Paráclito se irradiam por toda parte como uma luz inefável.Só nos resta rogar por uma centelha desse clarão superior para ser o farol de nossa vida. Te agradeço pela consideração.Ao dispor.
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