Outros trabalhos

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Folclore nosso de cada dia

Hoje é o dia do folclore. Mas para este blog todo dia é dia do folclore, porque ele faz parte de nosso dia a dia. A cultura popular impregna a vida humana nas mais diferentes etnias. Perpassando muitas tradições e mudando de tendencias regionalmente e ao longo do tempo, as manifestações da cultura popular abarcam os inúmeros ramos do conhecimento humano. 

Advinhas, superstições, produção manual de artesanato, lendas e outras narrativas congêneres, as danças e folguedos típicos, vários ritos, o anedotário, o movimento do cordelismo, as benzeções e rezas fortes, o contexto dos ex-votos, frases de para-choque de caminhão, as fincações de mastros, costumes agrícolas, etc.; enfim, um imenso volume de formas e vertentes culturais estão dentro do que a mais de século e meio chamamos de tradições folclóricas. 

Lamentavelmente o mau uso da palavra levou ao seu desgaste quanto ao significado técnico e muitas vezes ela tem sido preterida, em parte trocada pela expressão "cultura popular". 

Os folcloristas lutam com grande esforço pela preservação e conhecimento destas tradições e os mestres do saber popular reclamam apoio, reconhecimento e valorização, em prol do patrimônio imaterial que tão bem dominam.  

Questões à parte, o folclore representa um filão riquíssimo das expressões culturais de um país, vivenciado no cotidiano do povo, em sua vida coletiva, funcional e dinâmica. 

Para melhor entendimento das questões pertinentes à ciência do folclore, ao fim desta postagem estão lincadas seis fontes de consultas úteis aos que queiram se aprofundar no tema. 

Artesanato em madeira: miniatura de uma charrete. São João del-Rei, déc.1990. 

Congadeiros de Resende Costa, da Guarda Santa Efigênia, um catupé, recolhendo o Reinado 
durante a Festa do Divino são-joanense, no Bairro Matosinhos, 2009.

Um cruzeiro enfeitado para a Festa da Santa Cruz, na localidade de "Trabanda do Corgo" (Outra Banda do Córrego).
Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno (São João del-Rei), 2014. 

No portão do cemitério, a altas horas, reúnem-se em preces e cantos pelos mortos
 os encomendadores de almas. Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, 2000.

Chorando a morte do Zé Pereira (boneco no caixão).
Carnaval de Ritápolis, 2000. 

Ex-votos em madeira representando graças alcançadas sobre as mãos.
Santuário da Santíssima Trindade, Tiradentes, 2014.

Melão de São Caetano: na veterinária popular usa-se macerado e diluído em água 
para curar "febre interna" e "curso" (diarréia) de bezerros. Santa Cruz de Minas. 

Ovos de galinha caipira prontos para venda, 
enrolados individualmente na palha do milho. São João del-Rei, 2013.

Pastorinhas das Águas Férreas, Bairro Tijuco, São João del-Rei, 2000. 

Folia de Reis, Santa Cruz de Minas, 1995.

Notas e Créditos

* Texto e fotografias: Ulisses Passarelli
** Para saber mais a esse respeito acesse os links abaixo:

Folk-lore: tributo a Willian John Thoms
Você sabe o que é folclore
Dia do Folclore
Fundamentos do Folclore
Salvaguarda da Cultura Popular - UNESCO
Salvaguarda do Patrimônio Imaterial - UNESCO
Carta do Folclore Brasileiro - COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE

Nenhum comentário:

Postar um comentário