No distante setembro de 1922, um jornal de São João del-Rei noticiava o êxito da festa jubilar do Senhor Bom Jesus de Matosinhos nesta cidade. O Acção Social, era um órgão de imprensa fortemente eivado pelo espírito religioso romanizador, tendo à dianteira como redator o Padre Gustavo Ernesto Coelho, o memorável fitoterapeuta.
A notícia sobre a festa revela um evento concorrido, em nove dias preparatórios e um dia principal, marcado por solene missa cantada, procissão do Santíssimo Sacramento no Largo de Matosinhos, destacado sermão à entrada processional, proferido pelo eloquente Padre Antônio Carlos Rodrigues. Concluiu-se a festa com bênção do Santíssimo Sacramento e Te-Deum Laudamus. Para maior efeito dramático as girândolas de fogos de artifício pipocaram no ar, bem como houve o troar dos sinos. O povo eufórico participou intensamente da comunhão eucarística, noticiada em números, como convinha ao ideal católico em voga.
Uma promessa ficou por fim plantada para 1923, pela nova mesa administrativa, com o festeiro, Coronel J. Severiano da Silva à testa: um jubileu igual ao de Congonhas do Campo!
Notas e Créditos
* Texto e fotomontagens: Ulisses Passarelli
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