Jesus e São Pedro andavam pelo mundo num domingo. Passando por um caminho, na beira de um sítio viram um homem arando a terra. Era domingo, dia santo, proibido de trabalhar. O Mestre disse ao santo:
"_ Simão, vai até o fazendeiro e fala pra ele parar de trabalhar em respeito a este dia santificado, ou farei com que seus bois de arado morram em castigo ao desrespeito."
Simão Pedro foi e o homem lhe expulsou:
"_ Vai embora com seu Mestre! Larga mão de palhaçada... "
São Pedro voltou a Jesus e lhe contou a má resposta do homem do arado. Cristo deu nova ordem:
"_ Volta, Pedro, e diz que eu matarei todos os bois que ele tem na invernada se não me obedecer."
Lá se foi o santo e de novo foi desfeiteado, ainda com mais grosseria:
"_ Pedro!, disse Jesus, vai pela última vez e manda ele parar. Se não parar o arado no domingo, deixarei os bois viverem, mas darei a ele um vizinho horrível, que será para ele um flagelo constante, dia e noite."
Quando São Pedro levou a ordem ao lavrador, imediatamente este gritou com os bois:
"_ ÔÔÔu-aaah! "
E os bois pararam, no rangido das cangas. Largou tudo, de lavrar as terra. Perder os bois não o assustava. Compraria outros; mas pensou consigo mesmo, que não há nada pior que um mal vizinho...
Povoado da Trindade, São João del-Rei/MG, 19/10/2009.
Notas e Créditos
* Informante: José Cândido de Salles (Zé Cristino Boiadeiro), Santa Cruz de Minas/MG, 1998.
** Texto, pesquisa e foto: Ulisses Passarelli
Mas que merda em
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