Técnica de trabalho em cerâmica de Tião Paineira, Tiradentes / MG, cuja arte tem forte influência indígena no estilo e predomínio das peças utilitárias:
- A peça sai do torno (artesanal, movido a golpes da perna), após acabamento com faca, lasca de taquara e pedra e fica um dia secando no sol. Fica cor de cinza ("ponto de cimento").
- Vai depois para o forno de banqueta de barranco para seis horas de queima, sendo metade deste tempo esquentando em fogo brando e a outra metade em fogo bravo, até a peça ficar cor de laranja madura.
- Se colocar então em fogo brando de novo, amarelado, vai requeimar a peça
- Lenhas boas: pororoca, pombeiro, eucalipto e folha-miúda.
- Barro ideal: é o de campo (noruega). O de brejo não presta.
Notas e Créditos
* Texto: Ulisses Passarelli, a partir de apontamentos ditados pelo próprio Tião Paineira ao autor, em 1997.
** Vídeo: Ulisses Passarelli / Iago C.S. Passarelli
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